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Governo Estadual

Ministério determina recolhimento de todas as cervejas da Backer

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que a cervejaria Backer retire de circulação todas as suas cervejas e chopes produzidos desde outubro do ano passado até a última segunda-feira dia 13 de janeiro.

A suspensão da venda se manterá até que fique assegurado que os outros produtos da Backer não estão contaminados. “A medida é para preservar a saúde dos consumidores”, disse o ministério, em nota.

Na semana passada, exames laboratoriais realizados pela Polícia Civil de Minas Gerais identificaram a presença da substância dietilenoglicol em amostras de ao menos dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer. Uma pessoa morreu e mais de 10 pessoas foram intoxicadas após consumirem a cerveja.

Segundo a própria empresa, o dietilenoglicol não faz parte do processo de produção de suas cervejas. De acordo com o ministério, em nota, não existem evidências laboratoriais de presença da substância em outros produtos da Backer. “Estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”, acrescentou a pasta.

A cervejaria foi interditada pelo ministério, e 139 mil litros de cerveja e 8,4 mil litros de chope já tinham sido apreendidos. Hoje a Polícia Civil informou que um terceiro lote da Belorizontina também está contaminado. Também foram encontrados vestígios das duas substâncias tóxicas nos equipamentos de resfriamento usados na produção da cerveja.

Nova Serrana

Nossa reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de Saúde Gláucia Sbampato, que informou a nossa redação que ainda não foi oficialmente notificada quanto ao recolhimento dos produtos nos estabelecimentos comerciais de Nova Serrana.

Contudo segundo a secretária “os consumidores e comerciantes que desejarem podem levar espontaneamente os produtos até a vigilância sanitária localizada no Centro Administrativo de Nova Serrana”.

Por fim foi também considerado por Gláucia que a secretaria foi informada apenas quanto aos cuidados clínicos e sintomas que podem ser apresentados pela ingestão da bebida contaminada, e que aguarda pela notificação oficial do Estado quanto as medidas a serem tomadas referente ao recolhimento ou não do produto.

Divinópolis

A Vigilância Sanitária iniciou, ainda na segunda-feira (13), a vistoria em supermercados e estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas para que sejam lacrados os lotes da cerveja Belorizontina produzida pela Baker.

Conforme informado, os produtos não serão recolhidos pelo órgão apenas serão colocados como inutilizáveis ainda nos estabelecimentos, sendo que conforme pontuou a assessoria de comunicação da prefeitura, houve a apreensão em depósito, ou seja, os proprietários são os depositários das cervejas.

Ainda conforme informado até o momento não foi encontrada nenhum produto dos lotes que tiveram dietilenoglicol detectado nas amostras analisadas pela perícia da Polícia Civil. Contudo a medida tomada pela vigilância sanitária ocorreu por preocupação.

Segundo a assessoria, os produtos até que haja uma nova determinação da Vigilância Sanitária Estadual nenhuma garrafa da cerveja Belorinzontina poderá ser comercializada em Divinópolis, sendo informado ainda que a maioria dos estabelecimentos já havia suspendido a comercialização por iniciativa própria.

Cabe ainda considerar que em Divinópolis, por enquanto, a fiscalização é em relação apenas à Belorizontina, não sendo vedada até o momento a venda de outros rótulos produzidos pela Backer.

Aumento de casos

Foi ainda confirmado nesta segunda-feira, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou, que o número de casos suspeitos de intoxicação exógena, que causa a síndrome nefroneural, saltou de 10 para 17. São 16 homens e apenas uma mulher entre os listados.

Os casos são notificados pelos hospitais mineiros ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Entre os sete novos casos suspeitos deve estar um homem que deu entrada no Hospital Madre Teresa, na Região Oeste de BH, na noite de domingo (12).

A intoxicação exógena deve ter sido causada pelo consumo da substância química dietilenoglicol, encontrado no sangue de quatro dos 17 pacientes. O composto orgânico foi encontrado em três lotes da cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer em BH.

Pacientes começaram a apresentar os sintomas da doença misteriosa na segunda quinzena de novembro. No início, problemas gastrointestinais (náusea e/ou vomito e/ou dor abdominal).

Depois, os pacientes sofrem insuficiência renal aguda de evolução rápida (em até 72 horas) somada a alterações neurológicas, como paralisia facial e descendente, borramento visual, amaurose (perda da visão parcial ou totalmente) e alteração de sensório.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também confirmou na última segunda que um terceiro lote da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer, também está contaminado por substâncias tóxicas. Além da presença do dietilenoglicol – já detectado nos lotes L1 1348 e L2 1348 -, este terceiro lote, L2 1354, também teria sido contaminado por monoetilenoglicol.

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