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Preso o principal suspeito de ameaçar deputadas mineiras

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Créditos: Divulgação/MPMG

Homem foi localizado e preso em Olinda/PE, nesta terça-feira, 7, em ação conjunta do MPMG, PMMG e PCMG, com apoio do Gaeco de Pernambuco. Ele é suspeito também, de crimes de pedofilia.

Um homem, que se identifica como “Leon”, ou “Grow”, na internet, usuário de canais (chans) da ‘deep web’ (uma espécie de canal de internet onde é possível a veiculação de mensagens de ódio e a prática de crimes cibernéticos, de forma anônima), foi preso nesta terça-feira, 7, em Pernambuco, sendo o prinicpal suspeito de chefiar o grupo que fazia ameaças a parlamentares mineiras, dentre elas as deputadas Lohanna França, Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira. Com informações de Folha Povo Itaúna.

Além das ameaças, de cunho misógino, ele ainda é suspeito de “coagir adolescentes a se automutilarem e a lhe enviarem fotos nuas”, conforme matéria postada na página do MPMG, na manhã desta terça-feira, 7.

A operação que chegou à prisão do principal suspeito de chefiar o grupo, aconteceu em sua terceira fase, em Olinda/PE, e foi composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber); pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes; e pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG): contando ainda com o apoio do Gaeco de Pernambuco.

Créditos: Divulgação/MPMG

Além das deputadas Lohanna Souza França, Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira, a operação que levou o nome de “Di@na”, (em alusão à deusa Diana, da mitologia, que é a “Deusa da caça e protetora das mulheres e crianças”, com a grafia “@”, em alusão ao crime cibernético), também apura crimes praticados contra outras parlamentares mineiras. Também sofreram ameaças, as vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, ambas do PSOL, de Belo Horizonte; a deputada estadual Andreia de Jesus (PT), que foi ameaçada em 2022; e as vereadoras do interior mineiro, Cláudia Guerra (PDT) e Amanda Gondim (PDT), de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Todas foram ameaçadas de “estupro corretivo”, de mmorte e de outros crimes bárbaros.

Conforme adiantou a assessoria do MPMG, a “complexa investigação foi iniciada em agosto de 2023, quando o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Militar descobriram que as ameaças foram planejadas e executadas no contexto de fóruns e grupos na internet denominados “chans”, onde seus integrantes realizavam incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, com postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e com grande conteúdo de abuso e exploração sexual infantil (“pornografia infantil”)”.

Informou ainda que nas fases anteriores, a força-tarefa, “no cumprimento de medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, arrecadou diversos dispositivos informáticos nas residências de outros investigados. E, a partir de diligências cibernéticas avançadas e grande trabalho de campo, identificou parte dos usuários integrantes do “chan” ligados às condutas investigadas e o principal líder do grupo criminoso, usuário dos nicknames ‘Leon’ e ‘Grow’”.

Muitas denúncias antes de chegar ao suspeito

Foram várias as denúncias de ameaças a parlamentares, sempre com teor misógino (ódio às mulheres), e afirmações de que as vítimas sofreriam “estupro corretivo”.

Em outubro de 2023, Lohanna França chegou a divulgar parte da denúncia em que os criminosos diziam que ‘não adiantava denunciar’, em entrevista ao site de notícia “Metrópoles”: “mais uma vez, descrevem como serei estuprada em detalhes, dizendo que será um estupro coletivo. O e-mail cita vários criminosos supostamente envolvidos e destaca que ‘não adianta denunciar, já que gente poderosíssima está com eles’”, afirmou a parlamentar.

Porém a afirmação dos criminosos não se efetivou, já que a polícia informa ter chegado ao chefe da quadrilha e, com isso, pode também alcançar a “gente podesosíssima” que estaria dando apoio aos crimes, como afirmaram nas ameaças.

O preso, por determinação judicial, será transferido para o sistema prisional de Minas Gerais, onde responderá ao processo, conforme concluiu a informação postada no site do MPMG.

Créditos: Divulgação/MPMG

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