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Nova Serrana registra mais de um abuso sexual a crianças e adolescentes por seman

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Nova Serrana é uma cidade que já foi conhecida por seus índices criminais. Considerada durante anos uma das mais violetas de Minas Gerais, atualmente a cidade convive com a redução dos índices criminais, contudo, os números obtidos ainda em determinadas ações delituosas mostram que a cidade ainda precisa evoluir quanto ao desenvolvimento humano.

Com exemplo da situação abordada, há pouco mais de uma semana a morte de Deysiná, uma adolescente de 13 anos deixou Nova Serrana em estado de comoção. Contudo a detenção do padrasto do pai da garota, pessoa que ela chamava de avô, como autor do homicídio devido a um abuso sexual, expôs um problema que na verdade é um mal nacional.

Segundo apurado junto a Delegacia Regional de Nova Serrana, o caso de abuso sexual contra criança e adolescente, que culminou na morte da garota, é uma prática que infelizmente é rotineira em nossa cidade.

De acordo com as estimativas, em 2018 foram mais de 100 inquéritos elaborados com relação a abuso sexual de crianças e adolescentes em Nova Serrana. Tem ainda que ser levado em conta, um volume de denúncias feitas que por falta de provas ou até mesmo de medo das vítimas, não são concluídos como inquérito, ou seja os responsáveis seguem impunes praticando crimes sexuais.

A delegacia também apontou que em 2019 já foram finalizados e repassados a promotoria cerca de 30 inquéritos relacionados a abuso sexual de crianças e adolescentes, ou seja, a cada sete dias pelo menos um inquérito é concluído e entregue para a justiça.

Ainda segundo apurado “a maior parte dos inquéritos contra criança acontece com idade entre nove e 13 anos. Essa faixa etária tem sido significativa o numero de crianças que vem sendo abusada em Nova serrana”, disse a delegada Regional, Drª Angelita Viviane.

Necessidade de ensinar as crianças

Parte dos problemas quanto ao abuso de crianças e adolescentes pode ser evitada com o entendimento e orientação. De acordo com a Drª Angelita Viviane “é necessário que seja feito com os responsáveis, pais e crianças um trabalho de identificação e conscientização, para que ambos possam entender e distinguir o que é ou como se inicia o abuso sexual”, disse a delegada.

Grande parte dos abusos acontece no ciclo familiar ou de relacionamentos e convívio das crianças, dai a necessidade de se desenvolver ações que instruam as crianças quando a diferença em relação ao toque afetivo e o crime sexual.

Em Nova Serrana o projeto Proteja, desenvolve esse trabalho e realizou na última semana uma ação referente ao dia de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.  Contudo existe uma necessidade ainda maior de se criar uma estrutura mais adequada para que o trabalho de combate te apuração de casos de abuso sexual de crianças e adolescentes aconteçam.

Conforme informou a delegada a Polícia Civil precisa da estruturação de um espaço adequado para que o trabalho seja desenvolvido com maior êxito por parte das forças de segurança pública. “Necessitamos muito do espaço para atendimento quanto a esses casos. Precisamos de uma área para realizar o acompanhamento das crianças. Desde quando chegam à delegacia até ser atendida”. Apontou.

Drª Angelita ainda aponta que além da parte física a mão de obra especializada também faz parte do desenvolvimento desses atendimentos. “Para desenvolver um trabalho mais completo e qualificado precisamos nessa estrutura de uma psicóloga para desenvolvimento da atividades lúdicas e auxílio no que diz respeito a passar pelo trauma, e ainda é necessário uma Assistente Social para fazer o acompanhamento da família”. Considerou Drª Angelita.

Ação preventiva

Por enquanto a Delegacia Regional, vem desenvolvendo seus trabalhos e aplicando ações que visam diminuir os impactos e promover a conscientização quanto aos crimes de abuso sexual em Nova Serrana.

Conforme informou a delegada, “a partir do dia 30 de maio, vamos visitar o maior número possível de escolas, vamos realizar reuniões e palestras dentro das comunidades, dentro da realidade do cidadão para conversarmos com pais e filhos. O projeto que vai levar a Polícia Civil para a Escola, busca a conscientização da importância de identificar melhor o que está se passando com as crianças. Os pais têm uma função importante quanto a isso e as crianças e adolescentes precisam saber identificar o que é um crime, um abuso e saber que podem contar conosco”. Finalizou a delegada.

Dados presenciados pelo Brasil

Segundo apontado pelos dados do Disque 100, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675).

De acordo com os dados, só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias, sendo que os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas.

Foto: delegada Regional Drª Angelita Viviane que inicia nesta quinta-feira uma série de palestras em escolas de Nova Serrana.

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