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Minas começa vacinação de indígenas contra a covid

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População das 85 aldeias no estado será imunizada prioritariamente

Esses indígenas foram priorizados na primeira fase do Plano Nacional de Imunização, do governo federal, por apresentarem alta vulnerabilidade e suscetibilidade a doenças respiratórias agudas graves, com mais chances de agravamento do quadro, o que pode levar a óbito.

“A escolha dos grupos ocorre de acordo com a população que está exposta a um maior adoecimento. A partir do momento que os vacinamos, evitamos a propagação e a transmissão da covid-19”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Josianne Dias Gusmão. Ao todo, 406 profissionais de Saúde atuam na saúde indígena em Minas.

Vacinação

Nesta quinta-feira (21/1), 18 pessoas da aldeia Naô Xohã, em São Joaquim de Bicas, na região Central do estado, receberam a primeira dose da vacina. Esse grupo conta com idosos e indígenas com comorbidades e doenças crônicas, como afirma a enfermeira da Unidade de Atendimento à Saúde Indígena do governo federal em Belo Horizonte, Ramony Antunes de Souza.

“Todos serão vacinados, mas, neste primeiro momento, estamos aplicando na população de risco. Como eles são aldeados, não transitam em muitos outros espaços além do território deles, as equipes de saúde indígena vão até as aldeias garantir esses cuidados”, destaca Ramony, responsável por aplicar as doses no território. A vacinação nas 85 comunidades mineiras continuará nos próximos dias.

A liderança indígena Ãngohó Pataxó Hã Hã Hãe foi uma das pessoas a ser imunizada. Ela conta que contraiu o coronavírus em julho e chegou a ficar internada por 15 dias. “A vacinação é muito importante para que a doença não devaste nosso povo. Quando tive covid-19, outras 21 pessoas da aldeia também tiveram, incluindo nosso ancião, de 89 anos, que está curado após dois meses no hospital. Não podemos ter medo de tomar as doses”, reforça.

Doses

A coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Josianne Dias Gusmão, ressalta a segurança da vacina, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela lembra que a imunização é aplicada em duas doses, com um intervalo de duas a quatro semanas entre elas.

“Todos os indígenas que tomarem a vacina devem receber uma segunda dose. É essencial completar o esquema de vacinação para que a população fique protegida e diminua a circulação do vírus”, afirma. O percentual mínimo de cobertura vacinal estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações é de 90%. Josianne Gusmão lembra, ainda, que os cuidados de prevenção à covid-19 precisam ser mantidos.

Territórios

As terras indígenas estão espalhadas por 19 municípios mineiros: Açucena, Araçuaí, Bertópolis, Caldas, Campanário, Carmésia, Coronel Murta, Guanhães, Itacarambi, Itapecerica, Ladainha, Martinho Campos, Pompéu, Presidente Olegário, Resplendor, Santa Helena de Minas, São João das Missões, São Joaquim de Bicas e Teófilo Otoni.

A vacinação contra covid-19 nas aldeias em Minas Gerais teve início na última quarta-feira (20/1), com a população da aldeia Brejo Mata Fome, que vive em São João das Missões, no Norte do estado. O cacique Domingos Xakriabá foi o primeiro a ser vacinado.

 

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