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Editorial - Opinião sem medo!

Haja sabão para lavar a roupa suja!

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Nova Serrana é mesmo uma ‘cidade atípica’. A palavra que faz parte quase que obrigatória do vocabulário ‘neo-serranense’, traduz perfeitamente as características da cidade que já foi conhecida por muitos adjetivos.

O Sonho americano no Brasil, isso porque aqui a riqueza é algo que faz parte do trabalho árduo. Efetivamente se você chega a Nova Serrana em busca de condições melhores, com empenho e força de vontade, ao menos oportunidades de mudar sua realidade você terá.

Entre estas oportunidades temos que ressaltar que nem tantas delas são necessariamente legais. Vejamos, já fomos reconhecidos como uma das cidades mais violentas de Minas. Já fomos a capital do calçado falsificado, já carregamos o título de cidade de políticos corruptos, afinal os afastados seguem até hoje, mesmo após o seu mandado terminado, afastados de suas condições políticas pela justiça.

Agora somos conhecidos como a cidade do sabão falsificado. Na verdade e necessário ter muito sabão, falso ou não para se lavar a roupa suja da política de nossa cidade em público.

A polícia faz sua parte, apreende e tenta combater a ilegalidade, mas assim como por tempos o correto em nossa terra foi sonegar, também se tem aqui o hábito infeliz de falsificar.

Voltando ao sabão, são mais de 75 toneladas já apreendidas, e ainda assim não dá efetivamente para lavar toda a sujeira já cometida no círculo vicioso político de nossa capital de alguma coisa.

Em tempos anteriores, se tinha pelo menos o zelo de manter os acordos, os acertos, os vícios políticos nos bastidores. Mas agora não, já não se tem mais esse pudor, e com a briga de egos e um período eleitoral chegando, não há mais alma alva e cândida, que por sua vez não tenha pretensões obscuras por trás de cada fala.

Se a lavação de roupa se tornou pública na rádio, na câmara se tem claro, debates e também em público falas e ‘desfalas’. A Base do governo puxa saco e vota o que o prefeito manda, sem nem mesmo avaliar se terá ou não algum impacto em todos os segmentos comerciais e populares de nossa cidade.

Por outro lado, as armas parece começarem a ser carregadas para um período de disputa eleitoral estadual que já começou, com aproximadamente 14 meses de antecedência.

Se olharmos para a Câmara, local que foi conhecido pelas sujeiras dos seis afastados, os mesmos que com o rabo entre as pernas, sumiram das redes sociais e passaram a buscar acordos com o Ministério Público, a sujeira não está necessariamente escancarada. Ela está lá, e não tem sabão falsificado que a lave.

Com uma atenção um pouco mais aguçada, as autoridades vão perceber que tem assessor, que vai faturar mais de R$ 40 mil, sem ter necessariamente uma prestação de serviço público clara.

No passado um foi apadrinhado, hoje quem apadrinhou ganha o cargo, e assim segue a vida, de agentes que ainda são politiqueiros, ocupando cargos que deveriam ser preenchido por méritos e qualificação profissional.

Se você pensa que tudo isso é lama apenas do legislativo se engana. Basta passar a colocar os cargos de molho também em secretarias da administração, que no fundo será encontrado servidor que está ali para se pagar o favor de um apoio político em tempos futuros e porque não pretéritos.

Finalizando esse editorial é inevitável não citar o acordo feito por Adair da Impacto e Valdir das Festas Juninas. O mesmo além de poder ser assimilado, visto e digerido, por quem quiser ou tiver a maldade no coração como uma confissão de culpa, também determina a prestação de serviços como pena pela irregularidade cometida no passado.

Cometendo o pecado da malicia, seria curioso mesmo é ver todo esse sabão em pó falsificado, sendo utilizado em prestação de serviços comunitários pelos ex-vereadores afastados, para lavar a roupa suja da política. Quem sabe assim, com o exemplo, as autoridades de nossa cidade aprendem que as manchas da sujeira política nunca deixam de existir, e podem causar a vergonha de um afastamento e até mesmo, a submissão de quem um dia bateu na mesa, e agora terá que prestar serviços públicos comunitários e devolver uma bolada para os cofres públicos municipais.

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