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Estrago só piora: intoxicação pode ter começado em outubro; marcas da Backer são interditadas

Os danos provocados pelo consumo de cerveja com substâncias tóxicas podem ter começado há mais de três meses. A força-tarefa montada para investigar o caso envolvendo a Backer antecipou para outubro do ano passado o risco de contaminação da síndrome nefroneural, agora chamada de intoxicação por dietilenoglicol. Com a medida preventiva, os casos da doença vão aumentar, garantem as autoridades. Prova disso: nova notificação foi registrada nesta sexta-feira.
Danos à saúde
De acordo com o governo de Minas, quem ingeriu qualquer rótulo e passou mal em um prazo de até 72 horas deve procurar uma unidade de saúde. “Às vezes, as pessoas apresentaram algum dano renal leve, mas desconhecem isso e precisam ser acompanhadas”, disse a infectologista da Unidade de Resposta Rápida do Estado, Virgínia Andrade.
Conforme a médica, os sintomas não vão progredir para a versão mais grave da intoxicação. Porém, a Secretaria de Saúde mineira (SES) precisa “documentar” os registros.
“Nossa investigação passou também para os casos mais leves, para que possa ser feito o tratamento adequado”, acrescentou o superintendente de Vigilância Sanitária, Filipe Curzio Laguardia.
Os primeiros sinais da intoxicação são náuseas, vômitos e dores abdominais. Nos casos mais severos, o doente sofre alterações neurológicas.
Casos
Um morador de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, entrou para a lista de pessoas com suspeita da intoxicação. Já são 19 notificações –17 homens e duas mulheres. Quatro tiveram o dietilenoglicol detectado no sangue por exames – um morreu. Outros três óbitos seguem sob suspeita e 14 pessoas permanecem internadas com risco de morte. Não estão descartadas sequelas permanentes.
Em nota, a Backer informou que “segue colaborando com as autoridades e vai respeitar a determinação da Anvisa”.
- Hoje em Dia