Alimentos
Com pandemia, supermercados de Minas crescem mais que o dobro do esperado
O aumento do tempo de pessoas em casa, os períodos de fechamento de bares e restaurantes e o auxílio emergencial impulsionaram o crescimento das vendas nos supermercados em Minas Gerais, que mais do que dobrou em relação ao que era esperado pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). A organização previa um crescimento de 4,5% nas vendas em 2020, em relação a 2020, mas ele foi de quase 11%.
“Ninguém esperava um ano como esse. Os supermercados se tornaram muito mais presentes no dia a dia da comunidade”, comenta o presidente executivo da Amis, Antônio Claret. Para 2021, a estimativa da associação para o aumento de vendas retornou ao patamar habitual, de cerca de 4,2%, mas fatores e surpresas no caminho, como o sucesso da vacinação em massa e um possível retorno de algum tipo de auxílio emergencial, podem afetar os números.
O faturamento bruto dos supermercados mineiros foi de aproximadamente R$41,4 bilhões em 2020, mais de R$2 bilhões a mais do que era esperado para o ano. Ainda assim, de acordo com Claret, os lucros dos mercados teriam sido achatados pela alta de preço dos produtos, especialmente os da cesta básica — ela ultrapassou os R$500 pela primeira vez em Belo Horizonte no último ano.
O representante do setor afirma esperar uma normalização dos valores ao longo de 2021 e indica que as altas não devem ser repassadas integralmente ao consumidor. “No começo da pandemia, o maior volume de vendas foi de itens básicos, nesse movimento de preocupação do consumidor com o sustento da família. Não existe expectativa ou ambiente para aumentar a margem dos supermercados”, completa.
O presidente da Amis ressalta, ainda, que o fechamento de bares e restaurantes é uma faca de dois gumes para os supermercados: ao mesmo tempo em que atrai consumidores às lojas para comprar bebidas e alimentos, representa uma queda no consumo dos próprios trabalhadores eventualmente afastados ou demitidos. “O que esperamos é que tudo se normalize e que a economia, de forma global, funcione da forma intensa como era antes”, conclui.
Região Centro-Oeste teve menor crescimento
A região Centro-Oeste de Minas, de cidades como Divinópolis e Nova Serrana, foi um ponto fora da curva no crescimento estadual e teve alta de apenas 4%, relativamente pequena comparada aos quase 11% da média do Estado. Na perspectiva do presidente da Amis, Antônio Claret, isso pode ter relação com a crise do setor da moda, em que a região é referência, durante 2020.
No Estado como um todo, o número de novas lojas abertas foi inferior ao esperado: a Amis esperava 75 inaugurações, mas, na verdade, houve 69. Os empresários focaram em aprimorar as lojas que já mantinham, em vez de expandir, para Claret. Nesse cenário, o número de novos empregos gerados em 2020 também ficou aquém do previsto e menor do que os 7.795 de 2019. No último ano, foram 7.266 vagas preenchidas, contra as 8.000 inicialmente projetadas para o setor. Em 2021, o número ainda não deve retornar ao patamar de 2019, mas tende a ser melhor que o do último ano, de acordo com a Amis.
FONTE: Por GABRIEL RODRIGUES – O TEMPO
FOTO: IMAGEM ILUSTRATIVA
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