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Política

Câmara instaura CPI para avaliar atendimento e administração da UPA de Nova Serrana

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Após toda a polêmica envolvendo a qualidade do atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Serrana, desencadeada pela confusão ocorrida na unidade de saúde há aproximadamente duas semanas, onde o vereador e presidente da Câmara Osmar Santos, se envolveu em uma acirrada discussão com profissionais da unidade devido ao atendimento de um adolescente, a Câmara de Nova Serrana instaura a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na unidade.

Após ampla ponderação de vereadores da base do executivo e vereadores do grupo de oposição a atual gestão, a CPI foi instaurada por nove votos a 3, aprovada pelos vereadores Adair da Impacto (Avante), Chiquinho do Planalto (PSD), Terezinha do Salão das Noivas (PTB), Valdir Mecânico (PCdoB), Gilmar da Farmácia (PV), Valdir das Festas Juninas (PCdoB), Wantuir Paraguai (PSDB), Jadir Chanel (MDB) e Osmar Santos (PROS).

Pastor Giovani Máximo (MDB), Juliano da Boa Vista (PSD) e Ricardo Tobias (PSDB) foram os votos contrários à instauração da  CPI contra para averiguação dos procedimentos e atendimentos na única unidade de pronto atendimento de Nova Serrana.

A proposta para a instauração da CPI foi apresentada e aprovada na sétima reunião ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira, dia 27 de março.

O requerimento assinado por nove vereadores tem por fim a análise do cumprimento por parte da Prefeitura quanto a execução da Lei Municipal 2.490/2017, em especial os fatos ocorridos na UPA no domingo, dia 18 de março. que culminou com a morte do jovem Júlio Cesar.

A CPI foi instaurada pelo presidente da Câmara, vereador Osmar Santos (PROS), que baixou o Projeto de Resolução 03/2018, onde após discussão e votação dos demais edis, foi aprovado, ficando instaurado por prazo de até 120 dias para conclusão da apuração dos fatos narrados no requerimento.

 “Quem não deve não treme”

Uma das votações que gerou maior espanto dos presentes e daqueles que acompanham os bastidores políticos da Câmara foi proporcionado pelo voto do vereador Jadir Chanel, que é declaradamente da base da gestão executiva.

Jadir em seu pronunciamento usou o termo “quem não deve não treme” para justificar seu voto.

Em conversa com o vereador ele pontuou a esse popular. “Em primeiro lugar eram necessários apenas cinco votos para a instauração da CPI e pra mim foi importante ter votado a favor porque assim não restarão dúvidas do que está sendo feito na UPA, será tudo tratado com a transparência que é necessária e assim não poderão falar que há erros na administração e nos procedimentos da unidade”, ponderou o vereador.

Jadir afirmou ainda que aquilo que for encontrado de forma irregular deverá ser corrigido, e que o trabalho que vem sendo feito na unidade deve ser levado em consideração, uma vez que a situação da UPA já foi drástica.

Solicitação de parecer da Comissão Permanente de Saúde

Diante dos debates quanto à instauração da CPI, o vereador Willian Barcelos ponderou sobre a necessidade de se instaurar o processo com uma base mais tangível, conforme o próprio vereador Osmar Santos já havia solicitado em episódios passados.

“Temos, por exemplo o caso da lei delegada, que criou mais de 900 cargos na administração pública, quando eu trouxe esse pedido de CPI, nada pessoal, o presidente hoje mas na época vereador, disse o seguinte: ‘ouço falar nos jornais CPI pra Cá CPI pra lá, tragam-me documentos, eu não posso entrar no barulho do senhor.’ Não é devolvendo a fala do vereador Osmar, mas anteriormente no caso da Copasa por exemplo fizemos até um chamamento público, porque não desenvolver um processo assim quanto a essa CPI”, ponderou William

O professor apontou ainda o fato de que a comissão permanente de saúde devesse se manifestar sobre o fato para que o procedimento fosse instaurado.

“Houve uma reunião com a secretária que eu não pude estar presente, mas quando os vereadores saíram da reunião disseram que o caso específico já estava bem claro através da apresentação de documentos e esclarecimentos da secretária. Então acredito que CPI é algo muito sério, não que eu esteja contra a CPI, mas tivemos todos estes episódios e acredito que seja prudente termos uma manifestação da comissão de saúde para que assim seja instaurada, por mim eu sendo assim eu assino não só uma vez, mas duas”. Disse William Barcelos

Osmar finalizou o debate afirmando que é ótima a ideia de que a Câmara utilize de todos os recursos quanto ao processo instaurado.

“Quando o professor fala sobre um relatório da comissão de saúde, nós vamos aguardar esse relatório e quanto colocar a disposição os recursos da câmara a ideia é brilhante, porque não colocar a disponível todos os meios da câmara para receber denuncias quanto a saúde de Nova Serrana”. Finalizou Osmar.

*Foto: Thiago Monteiro – O Popular

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