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Benefício

“Vale-gás” será alívio para os mais pobres do país

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Empresa anunciou que vai destinar R$ 300 milhões para que famílias em situação de vulnerabilidade possam cozinhar

Na casa de dona Maria das Neves, de 64 anos, o gás raramente é usado. Com a crise, ela passou a cozinhar no fogão a lenha, que ela mesma construiu, há um ano. “Não tem como tirar R$ 100 para comprar gás todo mês. Uso o gás só para esquentar o leite do meu neto recém-nascido”, diz a moradora de Igarapé, na Grande BH.

O anúncio do “vale-gás”, feito na última quarta pela Petrobras, chegou como um sopro de esperança para Maria, que divide a casa com outras cinco pessoas e sobrevive com a aposentadoria do marido – R$ 1.100 por mês.

Segundo a companhia, o programa vai destinar R$ 300 milhões para que famílias em situação de vulnerabilidade social consigam comprar o tão necessário botijão de gás. O início do projeto e a maneira de fazer o cadastro ainda estão sendo estudados. O benefício será dado por 15 meses.
Mesmo sem ter certeza de quando chega o auxílio, a notícia é um alívio para Maria. “Se essa ajuda sair mesmo, vai dar para cozinhar no gás todos os dias. Vou ter todo mês dinheiro certo para comprar gás”, comemora. Os filhos dela, de 31 e 44 anos, estão desempregados, e a ajuda vai beneficiar a todos, inclusive os dois netos.
Fase final
O auxílio está em fase final de estudos, segundo a Petrobras. A empresa busca parceiros para ampliar o valor investido. Há ainda a possibilidade de criação de um fundo.
Ação social
A Petrobras classificou a ajuda como uma ação social. “A pandemia e todas as suas consequências trouxeram mais dificuldades para as pessoas em situação de pobreza. Tal fato alerta a Petrobras para que reforce seu papel social”, disse o presidente Joaquim Silva e Luna.
10% do salário

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mostrou que, em 16 Estados, o gás de cozinha já ultrapassou os R$ 100 – 10% do salário mínimo. Em BH, segundo o site Mercado Mineiro, o botijão de gás, de 13 kg, pode chegar a R$ 120.

Bolsonaro disse que vai achar solução para a alta

Nessa quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro esteve em Minas e falou em buscar alternativas para reduzir o preço do gás. “Somos autossuficientes em petróleo. Produzimos pouco mais de 3 milhões de barris por dia. Ninguém quer quebrar contratos, mas ajustá-los e reajustá-los, podemos fazer isso. Em média, o botijão de gás está R$ 50 na Petrobrás e chega a R$ 130 para vocês. Tem fatores que encarecem, e temos que encontrar a solução”, disse em pronunciamento.

O chefe do Executivo ressaltou ainda que há Estados que já reduziram impostos estaduais sobre o gás. Sobre a taxação em Minas, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG) informou que o imposto estadual (ICMS) representa 18% da composição do preço final do gás de cozinha, sendo a distribuição e a revenda responsáveis por 30,6% do valor e a política de preços da Petrobras, por 51,4%.

* O Tempo

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