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Tarifa branca tem baixa adesão em Minas Gerais

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Somente 120 consumidores estão nos sistema Tarifa Branca em Minas Gerais, número aquém do esperado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), dentro do universo de cerca de 8,5 milhões de clientes da concessionária no Estado.

Quem optar pela Tarifa Branca, no entanto, pode pagar de 20% a 90% a mais caso consuma a energia nos períodos intermediário e de ponta. “Da forma como a tarifa foi adotada pela Aneel, a atratividade para o consumidor é baixa, inversa ao risco”, analisa Jorge Magno Alves Pereira, engenheiro de Planejamento e Proteção da Receita da Cemig, que acredita que a adesão seria menos tímida se o incentivo fosse maior, na casa de 50%, por exemplo.

Em Minas, o horário de ponta vai de 17h às 20h, e os períodos intermediários são aqueles que antecedem e sucedem o de ponta em uma hora, portanto de 16h às 17h e de 20h às 21h. “O perfil para quem compensa é um público restrito, aquele casal sem filhos, por exemplo, que estuda à noite e não está em casa no horário entre 16h e 21h, ou empresas e comércios que fecham as suas salas antes das 16h”, exemplifica Jorge Magno Alves Pereira. A Cemig disponibiliza um serviço de simulação dos gastos e as vantagens de aderir à tarifa, mas ele recomenda pedir auxílio a um especialista. “É uma matemática trabalhosa para o consumidor comum, uma residência de dois cômodos não consome o mesmo que outra”.

Desde 1º de janeiro, a Tarifa Branca também foi estendida para quem consome até 250 KWh por mês, a quem a possibilidade era restrita. A medida foi aprovada em 2016 pela Aneel e em 2018 entrou em vigor para quem possuía média anual de consumo mensal superior a 500 KWh mês. No ano passado, a alternativa passou a contemplar unidades consumidoras com média entre 250 e 500 KWh mensais.

O estímulo à ponta é inócuo, na opinião do professor Carlos Ramirez, do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). “Isso é uma jabuticaba brasileira, eu não vejo como as pessoas vão se beneficiar desse sistema”. De acordo com ele, o objetivo deveria passar pela conscientização de troca de aparelhos como geladeiras antigas, que podem gerar um desperdício de 15% a 20%, além de reduzir gastos desnecessários com outros aparelhos eletrônicos.

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  • Fonte: Hoje em Dia
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