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“Primeiro você ganha, depois você gasta”

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Vivemos um tempo de exceção, de estagnação econômica que perdura Brasil afora, afetando sobremaneira o setor produtivo, que experiencia declínio, ao ponto de termos o perturbador número de treze milhões de desempregados, um sem fim de cidadãos impossibilitados do salutar acesso ao trabalho.

Os números da macroeconomia sinalizam um cenário de recessão, que obviamente reflete no setor público, que não gera divisas, mas se abasta do que lhe cabe, advindo da iniciativa privada, por meio de tributos; com a atividade econômica claudicante, a arrecadação tende a ser insuficiente para o tamanho da máquina estatal, e temos um quadro preocupante, despesas correntes que crescem vertiginosamente, ante uma receita de ampliação pífia; a matemática e sua frieza nos ensinam a exatidão dos números, temos, portanto, uma conta que não fecha.

Tal situação permeia o executivo, em todas as esferas, federal, estadual e municipal, e assistimos atônitos ao jogo de empurra propiciado pelos agentes públicos, sempre imputando a outros, as responsabilidades de lhes cabem.

Nossa querida terra do sapato, mesmo sendo um oásis em meio à turbulenta economia nacional, não está imune às adversidades deste tempo, e iniciou a semana com a notícia da exoneração de sete secretários e segundo o chefe do executivo, a contenção de gastos exigirá novas ações, uma vez que as transferências do governo do estado sofrem atrasos recorrentes chegando a cifras milionárias não repassadas ao município.

A propagada reforma administrativa começa, mesmo que por caminhos tortuosos, a sair do papel; é imperativa a tomada de decisões direcionadas ao equilíbrio das contas públicas, para não agravar ainda mais as combalidas finanças do setor.

A iniciativa privada se nutre de malabarismos, criatividade e sobretudo, responsabilidade, pois sabe que diferentemente do setor público, terá que pagar a conta, e não empurrar a outros, como assistimos costumeiramente, nas administrações Brasil afora.

Mesmo que tardiamente, que esse tempo seja pedagógico, para que nossos gestores respeitem o erário, não apenas no tocante à famigerada corrupção, mas também com relação aos gastos e à forma de gerenciar o dinheiro público.

Meu saudoso avô, com a sabedoria adquirida ao longo dos anos, visto que não teve acesso ao ensino curricular, dizia sobre a prudência da nossa lida com o dinheiro de forma singela: primeiro você ganha, depois você gasta; um conselho simplório, mas propício em todo tempo, que aprendamos e coloquemos em prática.

Um forte abraço, abençoada semana, fiquem com DEUS….

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