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Mauro Cid depõe por mais de 9 horas sobre suposto plano de golpe de Estado

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O tenente-coronel Mauro Cid, enquanto prestava depoimento à CPMI do 8 de janeiro, em julho — Foto: Pedro França/Agência Senado

Cid, que já havia sido ouvido pelos investigadores outras seis vezes, agora depôs como colaborador no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado

O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), depôs por mais de nove horas na sede da  Polícia Federal (PF). Com informações de O Tempo.

Ele começou a ser ouvido por volta das 15h desta segunda-feira (11) e só foi liberado por volta de 0h15 desta terça-feira (12). Cid, que já havia sido ouvido pelos investigadores outras seis vezes, agora depôs como colaborador no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado, que envolveria Bolsonaro, ministros e generais do Exército, com o intuito de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para manter o ex-presidente no poder.

Esta é a segunda vez que o militar é ouvido pelos agentes da PF sobre o caso.  Em fevereiro, 22 pessoas tiveram de depor simultaneamente, incluindo Bolsonaro e generais. A maioria optou por não responder às perguntas. Mas dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmarem reuniões para tratar de termos para um golpe de Estado. O general Freire Gomes (Exército) atestou que Bolsonaro sabia da chamada “minuta do golpe”, em um plano que previa até a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF.

Informações prestadas por Mauro Cid em outro depoimento e encontradas pela PF em aparelhos apreendidos embasaram operações deflagradas nos últimos meses. Entre elas, a que apontou a existência de uma “organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito”.

Mauro Cid firmou acordo de delação premiada com a Justiça e, nessa condição, pode ser chamado para depor várias vezes. Além da suposta trama golpista, ele já depôs sobre fraudes em cartões de vacinação contra covid-19, tentativa de se apropriar de joias dadas pelo regime da Arábia Saudita, entre outros episódios.

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