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Editorial - Opinião sem medo!

Mais um pouco a se lamentar!

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A viagem do tempo é sem dúvida um dos grandes sonhos dos homens. Em todo filme de ficção científica, por exemplo, as máquinas e a viagem no tempo sempre figuram como fatores primordiais no enredo.

Em filmes de herói, em desenhos animados, em filmes relacionados ao espaço, em todos a maquina do tempo, as viagens no tempo aparecem para dar uma pitada de sabor a mais nas histórias, afinal, com a viagem no tempo, absolutamente tudo é possível, inclusive mudar o presente.

Esse fascínio ocorre justamente pelo desejo que o ser humano tem em mudar o passado para que o presente seja diferente. E sendo sinceros, quem nunca passou por uma situação que tempos depois não pensou, “há se eu pudesse voltar no tempo, faria isso tão diferente”.

Bom, esse é justamente o sonho de muitos políticos de nossa cidade. Imagine como não seria pertinente, como não seria adequado para muitos deles voltar a alguns anos atrás, alguns dias, em alguns episódios atrás para agir de forma diferente.

Teve vereador afastado que não teria optado pelos fantasmas no gabinete. Se pudesse voltar no tempo, aqueles que carregam o discurso da moralidade deixariam de agir pelo impulso e não carregariam assim o estigma de sorrateiros e oportunistas. E há ainda aqueles que pelos prejuízos ajuizados nesse processo talvez nem mesmo se colocariam como candidatos a um cargo político.

A questão é que não se pode voltar no tempo, então sendo assim o ideal nesse momento é ter o máximo de bom senso para construir um futuro diferente.

A vantagem de se olhar para o passado é a possibilidade de mudar os rumos do futuro concertando os erros, mas parece que nem isso tem sido cumprido de forma eficaz pelos nossos políticos, que são incapazes de perceber que a história vem se repetindo.

Os erros seguem um após o outro, a morosidade, a falta de vontade de resolutividade, as picuinhas e mesquinharias políticas causam de forma direta a falência de um sistema político que cada dia mais é colocado em xeque.

Podem falar o que quiserem sobre a Eclésia Câmara Municipal, mas o fato é que não se espera mais nada de bom daquele lugar. Vejam por exemplo, uns são afastados por corrupção, outros são coniventes com a corrupção, e por falta de brilho na cara, ou de hombridade, os que ali restam, não cumprem com seu dever, afinal, não expõe, denunciam os corruptos.

Sabemos muito pouco sobre leis, afinal não somos juristas, mas sabemos que no Artigo 27 do Código Penal temos a cumplicidade sendo punida como crime: “1 – É punível como cúmplice quem, dolosamente e por qualquer forma, prestar auxílio material ou moral à prática por outrem de um facto doloso. 2 – É aplicável ao cúmplice a pena fixada para o autor, especialmente atenuada”.

Ok! Se a boçalidade faz com que os nossos políticos afirmem que não são cumplices por não comungarem com os atos ilícitos cometidos, trazemos então a lembrança de que ser omisso também se caracteriza como crimes omissivos impróprios (ou comissivos por omissão): “são aqueles em que o tipo penal descreve uma conduta ativa, ou seja, uma ação. Nesse caso, o agente será responsabilizado por ter deixado de agir quando estava juridicamente obrigado a desenvolver uma conduta para evitar o resultado”.

O fato é que estamos cansados de ver o show sendo feito sem que haja moral para que os fatos sejam modificados. Ouvimos falar que a política se renova, mas o que vemos na prática são discursos mudados, roupas remendadas, é a mesma podridão sendo maquiada com perfumes caros, e nesse sentido bota caro nisso.

Agora vemos uma Câmara que caminha forte rumo a sua maior crise institucional da história política de Nova Serrana, repleta de gente que promete verear pelo povo, mas não tem coragem de combater aqueles que militam em causa própria.

Por fim mais uma vez lamentamos o fato de cometermos o pecado da generalização, mas a frustração com o lamentável cenário político de nossa cidade é tão grande que até mesmo aquilo que é bom dentro desta refeição servida, passa desapercebido pelo fato de que tem algo estragado sendo colocado sobre a mesa.

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