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Governo de Minas fecha parceria com MCTI e Estado terá o primeiro Centro Nacional de Vacinas do Brasil

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Na última quinta-feira (02/09), o governo de Minas deu um importante passo para o fortalecimento da ciência e pesquisa no estado. A gestão estadual fechou uma parceria com o Ministério da Ciência, Técnologia e Inovação (MCTI) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se tornando assim o primeiro Estado do Brasil a receber o Centro Nacional de Vacinas.

O protocolo foi assinado na quinta-feira (02), em Brasília, pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema. A iniciativa vai promover a independência de tecnologia na produção de lotes-pilotos de vacinas e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias.

“Fico muito satisfeito que Minas Gerais, juntamente com o Ministério da Ciência e Tecnologia, com a UFMG, com a participação da Fapemig, da Funed, venha a fazer parte desta cadeia de pesquisa e também de produção. Queremos que a UFMG, que a Fapemig, que seus pesquisadores tenham condições de desenvolver as vacinas e nós, por meio da Funed, venhamos a ter condições de fabricarmos e distribuirmos tanto no Brasil quanto no exterior estas vacinas”, disse o governador, durante seu pronunciamento.

Zema lembrou que o centro desenvolverá vacinas humanas e para animais. “Isso é um marco muito importante. Assim como a pandemia começou há dois anos, estaremos preparados no futuro para eventos desta natureza. Então, é algo estratégico, é algo que pode salvar milhões de vidas”, explicou.

A construção do Centro Nacional de Vacinas contribui não somente para acelerar o desenvolvimento tecnológico e científico de imunizantes no Brasil, como também tira o país da condição de refém da tecnologia internacional, agilizando a fabricação, por exemplo, de vacinas para infecções virais epidêmicas e pandêmicas, como malária, leishmaniose, doença de Chagas, zika, chikungunya, dengue e covid-19, contribuindo, assim, para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Minas Gerais e do Brasil.

Já a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, enalteceu o pioneirismo da iniciativa.

“Nossa intenção é formar pessoas, mas também fazer esta importante entrega para a sociedade. Fazemos a pesquisa e entregamos para a transferência de tecnologia a serviço da sociedade. Somos líderes em depósito de patente, que é o início de toda produção. O compromisso do Governo de Minas em apoiar este centro é justamente completar toda esta cadeia com o apoio da Funed, da Fapemig, e de todas as estruturas do nosso estado e do nosso governo”, afirmou.

Já o ministro da Tecnologia, Ciência e Inovação, Marcos Pontes, afirmou ter muito orgulho de trabalhar com a Universidade Federal de Minas Gerais e com o Governo de Minas Gerais para que o Brasil possa ser, com o Centro Nacional de Vacinas, um país produtor de imunizantes no âmbito mundial.

“Passaremos a ser um país que pode ser parceiro da Organização Mundial da Saúde, por exemplo. O país vai estar preparado para as próximas pandemias, vai poder desenvolver vacinas para doenças negligenciadas, como dengue, zika, chikungunya e muitas outras. Isto nos dá muito orgulho”, disse.

Com orçamento na ordem de R$ 30 milhões do Governo de Minas Gerais para a construção e importação de equipamentos laboratoriais, sendo R$ 12 milhões disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e R$ 18 milhões pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o centro é fruto da parceria com investimento de R$ 50 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A união entre governos estadual e federal totaliza R$ 80 milhões para a consolidação do Centro Nacional de Vacinas.

Padrões internacionais

O Centro Nacional de Vacinas será uma associação sem fins lucrativos com ambiente multidisciplinar, diverso e de inovação, comparado ao Centro da Universidade de Oxford, que desenvolveu a vacina AstraZeneca.  A construção tem início previsto para janeiro de 2022, no local onde hoje existe o Centro de Tecnologias de Vacinas (CTVacinas), da UFMG, ampliando o antigo espaço que dispõe de mão de obra altamente qualificada.

O projeto ampliará a área do CTVacinas por intermédio da construção de dois anexos e aquisição de equipamentos importados. Atualmente, o CTVacinas da UFMG já tem projeto da LeishTec, vacina para a leishmaniose visceral canina e da SpiNTec – vacina para Covid-19 com promessa de produção com 100% de insumos nacionais e que servirá de reforço para o combate à doença. A SpiNTec vai passar ainda pela fase de testagem do imunizante em humanos em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O inédito Centro de Vacinas terá estrutura certificada dentro dos padrões internacionais para que pesquisas de manipulação e criação das vacinas sejam 100% seguras, sem risco algum de vazamento, tampouco de contaminação, respeitando protocolos internacionais e da Anvisa e com possibilidade de atender ao mercado privado que atualmente é carente de infraestrutura.

A intenção é que o projeto, iniciado com investimento público, adquira autonomia e independência ao longo de três anos, para que funcione como uma organização de direito civil se mantendo com aporte financeiro privado.

Fontes: com informações Agência Minas

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