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Cruzeiro supera Atlético e vence clássico no 100º ano da rivalidade

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Uma velha máxima do clássico foi confirmada na tarde deste domingo dia 11 de abril. Dizem que o favoritismo não faz diferença alguma no dérbi mineiro e, muitas vezes, o time apontado como mais fraco consegue vencer o mais forte.

No clássico que marca os 100 anos da rivalidade que serão completados em 17 de abril, o Cruzeiro, mesmo no pior momento da sua história, estando na Série B e tecnicamente muito inferior ao Atlético, surpreendeu, superou o favoritismo do rival e bateu o Galo, com algumas estrelas em seu elenco, um investimento muito superior e na Libertadores, por 1 a 0, no Mineirão, em duelo válido pelo Campeonato Mineiro.

A Raposa, apesar de novamente apresentar muitas limitações técnicas, foi mais eficiente e competente na sua proposta de jogo, dando poucos espaços ao Atlético e sendo superior taticamente. Já o Galo de Cuca, que deixou Zaracho, um dos destaques no início desta temporada, no banco, para promover a estreia do recém-contratado Tchê Tchê que mal treinou com o grupo, além de Vargas e Igor Rabello entre os titulares, teve uma atuação decepcionante, muito ruim, apática e aquém do tamanho do investimento feito pelo clube. Não à toa, não conseguiu comprovar o favoritismo dentro de campo.

Com o resultado, o Cruzeiro subiu para o segundo lugar do Estadual, mas torce por um tropeço do América, que ainda joga na rodada, para se manter no posto. Já o Atlético, mesmo com a derrota, segue na liderança isolada da competição, quatro pontos na frente da Raposa.

Na próxima rodada, o Atlético recebe o Boa, no Mineirão, às 16h (de Brasília), do próximo domingo (18). Já o Cruzeiro, no mesmo dia, mas às 11h (de Brasília), visita o Pouso Alegre.

O jogo

O primeiro tempo do clássico foi extremamente decepcionante. Com nível técnico péssimo, sem emoções e grandes lances, em nada lembrou o duelo que completa 100 anos e teve grandes gênios como Reinaldo, Tostão, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Toninho Cerezo, Dirceu Lopes, Éder Aleixo, Alex, entre outros. De dar sono, a partida foi horrível de se assistir nos primeiros 45 minutos. O dérbi mineiro e sua história mereciam muito mais no ano em que a rivalidade chega a sua marca centenária.

Em um duelo sem emoções e extremamente fraco tecnicamente, o Cruzeiro, já na etapa inicial, mesmo com enormes limitações técnicas e muito limitado, mostrava estar mais organizado que o Atlético e acabou tendo a melhor oportunidade do confronto, com Everson inclusive fazendo uma boa defesa. Além disso, conseguiu fazer boa marcação e arrastar o ritmo do jogo, ainda que sem produzir muito.

O Galo, por sua vez, também produziu praticamente nada. Lembrando o marasmo ofensivo da reta final do último Campeonato Brasileiro, o ataque alvinegro foi inoperante e extremamente apático. Decepcionante e sem conseguir fazer jus ao seu favoritismo. O investimento feito não foi visto em campo.

Já na etapa final, a qualidade técnica do duelo seguiu praticamente inexistente, mas o clássico ganhou um pouco mais de emoção. O Atlético, apesar de seguir muito abaixo do esperado e em péssima tarde, passou a ter um pouco mais de ritmo e ameaçava melhorar na partida.

O Cruzeiro seguia se limitando a fechar os espaços do rival e tentar sair em contra-ataques rápidos, e em um jogo tecnicamente ruim e com as duas equipes jogando mal, o detalhe, outra máxima do dérbi mineiro, acabou fazendo toda a diferença.

O Galo teve uma chance clara com Vargas, que parou em Fábio. Já o Cruzeiro, em contra-ataque rápido, viu Airton aproveitar a oportunidade depois de boa jogada combinada com Matheus Pereira e Sobis e marcar o gol da vitória celeste, aos 16 minutos de jogo. O atacante não balançava as redes desde novembro do ano passado.

Com o gol, o Cruzeiro fez mudanças buscando se fechar ainda mais e manter a vantagem, enquanto o Atlético fez modificações para partir pra cima e tentar o empate. No entanto, de nada adiantou. Em dia nada inspirado e de atuação pífia, o Galo seguiu sem praticamente nada produzir e não conseguiu nem mesmo uma pressão na base do abafa pra cima do rival. Já o Cruzeiro, mesmo com suas limitações, conseguiu se segurar bem e confirmar sua vitória.

No fim do jogo, Hulk, que começou o clássico no banco de reservas, acabou expulso após confusão que também fez William Pottker levar o cartão vermelho e ser expulso pela terceira vez em 22 jogos com a camisa estrelada.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 1 x 0 ATLÉTICO

Motivo: 9ª rodada do Campeonato Mineiro 2021

Data: domingo, 11 de abril de 2021

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Paulo César Zanovelli da Silva (CBF)

Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (Fifa) e Celso Luiz da Silva (CBF)

Escalações:

Cruzeiro
Fábio; Cáceres, Weverton (Brock), Ramon e Matheus Pereira; Adriano (Matheus Neris), Matheus Barbosa (Jadson) e Marcinho (Rômulo); Bruno José (William Pottker), Sobis e Airton
Técnico: Felipe Conceição

Atlético
Everson; Guga (Nathan), Igor Rabello, Junior Alonso e Arana; Allan (Hyoran), Tchê Tchê e Nacho; Savarino (Hulk), Vargas (Sasha) e Keno (Marrony)
Técnico: Cuca

Gol: Airton (Cruzeiro)

Cartões amarelos: Adriano, Jadson e Sobis (Cruzeiro); Igor Rabello e Sasha (Atlético)

Cartões vermelhos: William Pottker (Cruzeiro) e Hulk (Atlético)

Fonte: por Gabriel Pazini –  Super.FC

Foto: Uol

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