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Editorial - Opinião sem medo!

As definições de nossa política!

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Quando ouvimos falar em política, a primeira coisa que vem a mente de qualquer brasileiro é corrupção. Sim, ela é tão presente no meio dos engravatados eleitos, que chega a ser imediata a ligação entre quaisquer políticos e os crimes do colarinho.

Porém existem outras palavras e atitudes que também são praticamente sinônimos de políticos e políticas e como não poderia ser diferente iremos fazer alusões à situações de nossa cidade.

A primeira palavra que podemos relacionar à política em Nova Serrana é omissão. Se pararmos para pensar, praticamente nenhum político de Nova Serrana na atualidade é absolutamente responsável por nada.

A culpa da falta de recursos é dos antigos gestores; a culpa do rombo e da má administração é do governo de Minas; a culpa do nepotismo é da falta de informação; a culpa dos buracos é dos antigos prefeitos; a culpa da falta de água é da Copasa e do contrato do ex-prefeito.

Observando bem percebemos que a grande maioria dos políticos de nossa cidade não veste a carapuça e não assume a sua responsabilidade diante da sociedade que demanda de intervenções.

A segunda palavra aqui é a incoerência. Não temos coerência nos valores das obras, que com recursos estaduais e/ou federais custam milhões e com recursos municipais milhares. A ponte de R$ 1,2 milhões é feita com R$ 400 mil. O contratado que tinha salário de R$ 18 mil na UPA é substituído por um que ganha R$ 6 mil fazendo o mesmo serviço.

Não se tem dinheiro para investir em esporte, em equipes, em auxiliar o desenvolvimento esportivo, de uns, mas se consegue ônibus para bancar viagens para outros. Se tem autonomia para administrar um estádio, mas tem que pedir benção ao proprietário do clube para que uma final amadora aconteça em seu principal palco esportivo.

O secretariado segundo eles é de alto nível, mas as incoerências são vistas quando se tem gente que não sabe o que é ICMS esportivo figurando à frente da secretaria, quando se tem gente que não sabe o que é segurança assumindo a guarda municipal ou estando à frente de um conselho de saúde, área na qual nunca teve uma atuação técnica.

A incoerência está nas mãos dos vereadores que se contradizem, trocam de lado ano a ano. Um ano você faz parte da oposição, no outro você faz parte da situação, no outro já não sabe mais ao que faz parte.

Temos por aqui a incoerência de que não se pode penalizar a Copasa, uma estatal que vem cometendo crimes contra populares semanalmente, mas, se pode cobrar tributos do vendedor de picolé, do ambulante, do vendedor de abacaxi que dali tira seu sustento.

A terceira palavra é a mais forte delas, a nosso ver, política em nossa cidade tem virado sinônimo de boçalidade. Para quem não sabe o significado desta palavra está aqui detalhadamente: Ato ou efeito do boçal, ação expressa de forma inconveniente através de arrogância, futilidade, ignorância, grosseria ou estupidez desnecessárias.

Temos a rispidez de quem bate na mesa, de quem não ouve as críticas e tem a todos que não os bajulam como inimigos. Tem a boçalidade de quem não sabe o que faz mesmo sendo político e de quem é fútil a ponto de achar que sair em foto posando de autoridade traz voto e visibilidade.

Ainda temos a boçalidade de prefeito que lava calçada, que lava pés e precisa mostrar a sua “simplicidade”, para gerar aplausos em redes sociais. Tem boçalidade de secretário e vereador que pega na enxada para mostrar que trabalha, enquanto em seu gabinete tem gente sendo exonerado por acusações de nepotismo.

Claro que as palavras duras deste editorial são voltadas para a classe política de forma geral e essa é uma percepção simples, de um jornal que percebe ainda as contradições de uma população que afirma que quer combater a corrupção, e está investindo suas atenções e esforços para um político que foi considerado inelegível por ter suas contas negadas.

Mas isso, já não faz mais diferença, afinal, em uma cidade onde a política pode ser sinônimo de tanta coisa, o eleitor também carrega consigo a responsabilidade de ser parte presente e fundamental, das más praticas presenciadas na política de nosso município.

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