Alguns locais, inclusive, estão oferecendo como chamariz festas com música ao vivo e show de fogos. “Isso é uma sentença de morte, um risco altíssimo para a infecção. A fala transmite quantidade pequena de vírus. O grito, uma quantidade maior. Se a pessoa cantar, essa quantidade é ainda significativa. Quanto mais intensa a força da fala, maior a quantidade de partículas virais que caem no ambiente e, consequentemente, maior o número de contaminados”, alerta o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano.
O médico do Hospital Madre Teresa afirma que a atual taxa de isolamento em Minas é considerada ruim. “Para começar a ter impacto na transmissão tem que ser de pelo menos 50%”, destaca.
Secretária de Saúde de Capitólio, Andréa Freire afirma que o movimento na cidade já é intenso, mas um trabalho de conscientização para conter o avanço da pandemia teria sido feito com proprietários dos estabelecimentos da cidade e até mesmo com turistas. Segundo ela, a prefeitura não fará eventos na virada do ano e festas particulares estão proibidas.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforçou que, desde o início da pandemia, orienta a todos os cidadãos que mantenham o distanciamento social como parte importante dos protocolos de segurança para evitar a contaminação pela Covid-19.
“As festas de fim de ano demandam cuidados redobrados e a recomendação é a manutenção do distanciamento social. No caso da realização de alguma comemoração, o ideal é que ocorra em pequenos grupos, de preferência entre pessoas que já convivem diariamente e/ou sejam do mesmo núcleo familiar. No caso de haver outros integrantes, este deve ser o número mais restrito possível”, frisou o texto da pasta.
- Fonte: Hoje em Dia