Divinópolis
Suspeitos de assassinatos são presos em operação com buscas no Presídio de Divinópolis
Uma operação contra homicídios realizada na manhã desta segunda-feira (9), em Divinópolis, prendeu dois homens suspeitos de envolvimento em uma sequência de assassinatos registrados entre março e maio na cidade.
Batizada de Escarlate, a ação foi feita de forma integrada pelas polícias Civil e Militar e incluiu buscas no Presídio Floramar, onde detentos, segundo a investigação, podem ter atuado como mandantes dos crimes.
Os presos têm 36 e 37 anos e foram localizados no Bairro Alto São Vicente, região conhecida como Pito Aceso, apontada como ponto de disputa por tráfico de drogas. Segundo o delegado Hans Baia, da Delegacia de Homicídios, os dois homens são investigados por quatro assassinatos.
“Deflagramos hoje a Operação Escarlate com o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados a quatro crimes violentos ocorridos em sequência. Todos estão ligados a um grupo criminoso que atua na região do Alto São Vicente”, afirmou o delegado durante coletiva de imprensa.
A polícia acredita que os homicídios estejam diretamente ligados à disputa pelo controle do tráfico na região do Alto São Vicente. Os dois homens presos são apontados como integrantes desse grupo criminoso e, segundo os investigadores, agiram sob ordens vindas de dentro do sistema prisional.
As investigações começaram em 10 de março, após o primeiro assassinato no Bairro Catalão. A partir daí, os policiais passaram a identificar um padrão de execução e a ligação entre os suspeitos.
“Um deles, inclusive, já estava preso por porte ilegal de arma e tráfico de drogas”, completou Baia.
Eles foram conduzidos novamente ao presídio, e as investigações continuam para identificar outros envolvidos e esclarecer a motivação de cada homicídio.
Buscas e apreensões
Durante a operação, foram apreendidos celulares, um tablet, equipamentos de câmeras de segurança e documentos, que serão periciados para aprofundar as investigações.
No Presídio Floramar, as buscas contaram com apoio da Polícia Penal, que mobilizou um grupo tático e cães farejadores treinados para localizar drogas e celulares.
“As buscas no interior do presídio tinham como foco localizar celulares que poderiam estar sendo usados para ordenar mortes fora do sistema prisional. Tivemos apoio total da Polícia Penal, que tem expertise nesse tipo de intervenção”, disse o delegado.
