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Economia

Setor calçadista perdeu 1,3 mil postos de trabalho em uma semana

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Desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) vem atualizando os dados do impacto da crise na atividade.

O mais recente levantamento, finalizado nesta semana, aponta para 1,3 mil postos perdidos em apenas uma semana. Com o número, desde meados de março, as indústrias de calçados brasileiras já perderam 34,1 mil postos, 12,6% da força de trabalho total do segmento – de 269 mil postos diretos registrados em dezembro de 2019.

Conforme levantamento da entidade, realizado junto aos sindicatos setoriais brasileiros e empresas dos principais polos calçadistas, os estados que mais perderam postos durante a pandemia do novo coronavírus foram São Paulo (10,5 mil postos perdidos), Rio Grande do Sul (9,4 mil postos perdidos), Minas Gerais (5,2 mil postos perdidos), Bahia (4,8 mil postos perdidos) e Ceará (1,6 mil postos perdidos). Na semana que passou, os estados que mais perderam postos foram Rio Grande do Sul (468 postos) e São Paulo (382 postos).

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, lamenta os números, destacando que a realidade do setor aponta para uma queda brusca nos pedidos.

“O varejo físico segue fechado ou com restrições em boa parte do País. Somente São Paulo, um dos estados com mais restrição às atividades do comércio, consome mais de 40% dos calçados produzidos. O mercado interno brasileiro, que absorve mais de 85% da nossa produção, simplesmente parou de consumir. Sem novos pedidos, não temos como manter empregos. Hoje, o setor está utilizando pouco mais de 30% da capacidade instalada”, comenta Ferreira, acrescentando que a produção de calçados deve despencar até 30% em 2020, caindo aos patamares de meados dos anos 2000.

Além da queda no mercado doméstico, soma gravidade ao quadro, o impacto das exportações de calçados, que caíram 40% em abril, com 4,84 milhões de pares embarcados ao exterior.  No ano, segundo a Abicalçados, os embarques devem cair até 30,6%, fechando com o pior resultado desde 1983. “Além de não existir demanda internacional, muitos países ainda sofrem os problemas da pandemia, com fronteiras fechadas e serviços logísticos prejudicados”, avalia Ferreira.

Pleitos
Segundo Ferreira, a entidade vem trabalhando com pleitos junto ao Governo Federal, como a flexibilização da MP 936 e a facilitação no acesso a linhas de crédito para capital de giro e pagamento da folha de salários. “O objetivo é manter o máximo de empregos, mas todas as medidas serão paliativas se não houver a retomada do consumo”, conclui o executivo.

A pesquisa realizada pela Abicalçados com empresas do setor será atualizada semanalmente. Acompanhe também no site www.abicalcados.com.br.

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