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Qual é o segredo?

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Constantemente, tenho pensado sobre a felicidade. Sobre essa busca incessante de algo que nos preencha com esse sentimento de alguma maneira. Seria um momento específico? Um presente inesperado? A aposentadoria? Férias? Uma viagem dos sonhos? Um celular com internet banda larga infinita? Milhões de seguidores no Instagram? Vender coco na praia ou morar de frente para o mar? Emagrecer ou engordar? Ninguém morrer nas séries escritas pela Shonda Rhimes? Jamais ter de responder tantas perguntas que instigam o sentido da vida?

O que seria essa tal felicidade?

De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), os brasileiros ocupam o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos, mas ficando a frente de gigantes como Japão e México. Esse dado pode sinalizar um comportamento de desconforto com o próprio corpo ou a resposta à ligação da vaidade com a felicidade. Acredito que os médicos especialistas em tratar do assunto é que são felizes (financeiramente), mas não discordo, em alguns casos, da necessidade de plásticas reparatórias. E cada um faz o que quiser… Afinal, cada um sabe qual é a luz necessária para iluminar o fim do túnel.

Observo crianças irradiando alegria apenas com um sorvete, um chiclete, uma visita ao zoológico. Adolescentes sorriem de dentes abertos com uma simples mensagem recebida no WhatsApp. O coração chega a pulsar movimento na camisa de tanto êxtase apaixonado. Conheço gente que chora compulsivamente quando ganha folga na segunda-feira. Outros ficam animados quando um personagem ganha uma casa nova em reality shows. Os escaladores carimbam o passaporte no cume da montanha perigosa, debaixo das temperaturas do frio. Os tímidos conquistam tamanha vitória na entrevista de emprego, que nem se lembram das mãos suadas na assinatura do contrato. E já que falei das séries de TV, não posso me esquecer dos fãs que enlouquecem quando o programa é renovado para mais um período ou começa a exibição de uma nova temporada.

Algum dicionário explicará, fielmente, o que é a felicidade?

Cuidado! A máscara pode cair quando visitarem o quarto ou abrirem o guarda-roupa. Sua casca de feliz não combina com a sujeira e com o vestuário acumulados. Normalmente, essa bagunça que chamamos de “organizada” demonstra um estado de espírito desconfortável. Porém, limpeza demais é exagero e também sinaliza a existência de algum problema, que não está ligado, certamente, à felicidade. Tudo é equilíbrio.

Considerado a “pessoa mais feliz do mundo”, o monge budista Matthieu Ricard define que a “felicidade é um jeito de ser. É um estado mental ótimo, excepcionalmente saudável, que dá os recursos para lidar com os altos e baixos da vida”. Ele ensina ainda que para alcançar esse estado é preciso ter paciência, treinar a mente com frequência em novas atividades, praticar meditação e não deixar que o tédio atrapalhe o dia-a-dia. Perseverança também auxilia na busca para se tornar uma pessoa melhor.

Assim, quem sabe, a felicidade está mais próxima do que se imagina. Continuo pensando…

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