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Editorial - Opinião sem medo!

Os dois lados do poder!

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Céu ou inferno, preto ou branco, doce ou amargo, honroso ou repugnante, esses paralelos fazem parte de uma verdade maior estabelecida pelo senso comum.

De um lado o bom do outro o mal, mas isso é determinado pela perspectiva de quem é beneficiado ou não com os acontecimentos, fatos e posicionamentos.

A principal característica entre essas diferenças é que elas nunca se misturam, elas nunca se tornam coniventes, elas simplesmente não conseguem estar em um mesmo ambiente ou recipiente em harmonia, pois suas essências não condizem.

Em Nova Serrana essa discrepância entre o óleo e a água que nunca se misturam se torna cada vez mais visível, e paralelo a isso os desejos, crenças e opções sobre os fatos administrativos e políticos também se tornam cada vez mais distintos.

Se observarmos de forma contundente a Câmara é hoje um ambiente totalmente repulsivo ao executivo, e sinceramente acreditamos que os vereadores não são tão bem vindos assim pelos corredores e secretarias da prefeitura de Nova Serrana.

Esse conflito quase que intolerante tem se tornado cada vez mais notório com a queda de braços que tem acontecido entre executivo e legislativo. A relação tende a piorar afinal, já não é mistério para ninguém que o prefeito vetou a principal proposta de lei do presidente da Câmara, e com isso oficialmente a relação deve ser rompida e a guerra estará oficialmente declarada.

O prefeito de Nova Serrana optou por vetar o projeto 117/2017, que foi comemorado pelos moradores que invadiram terrenos no bairro industrial. O projeto regularizava de forma autorizativa o executivo a legalizar as áreas invadidas e providenciaria assim outros imóveis para os empresários.

A própria aprovação da pauta foi pontuada como uma derrota para os vereadores da base do prefeito que agora vetou a pauta em sua totalidade, ou seja, de tudo que foi comemorado, de tudo que foi aplaudido, nada teve valor para o prefeito que barrou o projeto.

Se perder no voto foi considerada uma derrota, o prefeito com o veto coloca o grupo da oposição em uma situação desconfortável, afinal para derrubar o veto são necessários votos de nove vereadores, contudo, a oposição tem apenas sete fieis e Willian Barcelos que segue carreira solo, contudo votou a favor da pauta, propôs emendas e mudar de lado agora seria incoerente para o pré-candidato a deputado federal.

Dizem nos corredores da casa que Osmar Santos (PROS) fará uso da tribuna livre e decretará aberta a temporada de caça aos projetos do executivo, e oficialmente qualquer relação entre a chefia do legislativo e do executivo serão cortadas.

Por outro lado o prefeito tem que lembrar que vem por ai outras propostas que serão importantes e pela forma como anda a carruagem, a tendência é que propostas importantes para o executivo como subvenção, e até mesmo a redução de cargos como o projeto 058 devem ser travados na casa, uma vez que a maioria dos vereadores fazem parte de um grupo que tem se comportado como uma verdadeira fraternidade.

Se você ainda não entende o que isso pode causar caro leitor, sem a aprovação do projeto 058, a prefeitura será obrigada a promover ou uma demissão de boa parte de seus funcionários, ou estará a beira de um colapso que pode ser caracterizado como crime de improbidade, afinal, atualmente cerca de 52,5% de sua receita com folha de pagamento, sendo que o limite estabelecido pela lei é de 54%.

Se em 2017 a Câmara foi conivente com tudo que o prefeito queria, em 2018 o clima se torna um ambiente hostil para o prefeito, e nas mãos do articulista cai um pepino que para ser resolvido aparentemente será necessário a intervenção divina.

Agora nos resta esperar os acontecimentos desta terça-feira, para que os rumos ou quadro apresentado sejam efetivos e claros. Como ponto positivo agora teremos claramente o posicionamento de ambos os lados e quem é quem nesse jogo será revelado e declarado para que nós todos possamos tomar nossas próprias conclusões baseadas em nossas convicções e interesses.

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