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Oposição forte – situação sem candidato – propina – falta de articulação

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OPOSIÇÃO FORTE – SITUAÇÃO SEM CANDIDATO – PROPINA – FALTA DE ARTICULAÇÃO

A tão aguardada reunião ordinária da câmara municipal que trataria da eleição da mesa diretora para a sessão legislativa de 2019 enfim ocorreu na noite da última terça-feira. Em disputa pela presidência dois nomes, Osmar Fernandes, atual presidente registrou chapa completa, composta ainda por Valdir das Festas Juninas (Vice-presidente), Terezinha do Salão (primeira secretária) e Ricardo Tobias (segundo secretário). Valdir Mecânico lançou sua candidatura de forma avulsa, sem nomes indicados para as outras funções.

OPOSIÇÃO FORTE

Diante da monotonia que tomou conta das reuniões dos últimos meses, “personalidades” que acompanham a política local, especialmente o legislativo municipal, apostavam 3×1 que a oposição da casa estava rachada. Ledo engano, esta por sua vez, deu um verdadeiro xeque mate no executivo em 2018 e quando se pensava que já não teria mais o que fazer aplicou mais um golpe. O presidente foi reconduzido a mais um mandato e desta vez com larga vantagem, 8×5.

SITUAÇÃO SEM CANDIDATO

Era esperado que a situação lançasse o nome de algum de seus integrantes a presidência, mas também não foi isso que aconteceu. Jadir Chanel que previamente pleiteava a condição de postulante ao cargo de presidente, ao perceber que seus colegas não se demonstraram muito simpáticos aos seus projetos, optou por não registrar sua candidatura, deixando transparecer um grau elevado de irritabilidade em seu pronunciamento.

PROPINA?

Em sede de argumentos, justificou o vereador a desistência pela sua candidatura “..fiz a melhor proposta por uma gestão que deixaria o contribuinte orgulhoso de seus representantes. Apresentei a proposta aos vereadores, mas preferiram apoiar outros candidatos. Seria talvez por partidarismo, propina ou por não ir com minha cara? …Eu cheguei a conclusão que não votariam no Jadir Chanel por que votando estaria beneficiando o executivo, traduzindo, partidarismo e influencia externa.”

PEGOU MAL

Pelos bastidores, foi ventilado que o executivo municipal não interferiria no processo legislativo, porém por alguns vereadores foi comentado, inclusive em plenário, sobre a intervenção de um secretário municipal o qual estaria trabalhando para um dos candidatos pedindo votos. Demonstrando certo descontentamento, alguns vereadores utilizaram seu tempo para justificar seu voto, abordando inclusive a suposta atuação do secretário.

FALTA DE ARTICULAÇÃO

A se considerar que nenhum integrante efetivamente ligado à base do executivo municipal se disponibilizou ou viabilizou seu nome para disputar em condições de vencer as eleições para a mesa diretora em 2019 é possível imaginar que não houve real interesse (pouco provável) ou que a articulação como em tempos passados, repetidamente não vem produzindo os efeitos esperados.

TERCEIRO ANO

O terceiro ano de um mandato é por muitos considerado o ano mais importante. A possibilidade de se fazer algo relevante que dê real notoriedade e marcar definitivamente a atividade política de um agente publico, poderá credenciá-lo a disputar uma reeleição com mais possibilidades de sucesso. Seguindo o raciocínio, já não é mais possível imaginar que fugir aos debates, ser omisso, aparecer em fotos, produzir vídeos ou discursos sem conteúdos plausíveis sejam o suficiente.

PORTAS FECHADAS

Foi divulgada uma nota oficial pelo executivo municipal de que o “Centro Administrativo irá funcionar até o dia 21 de dezembro e que retornará as atividades no dia 07 de janeiro de 2019.” Como a abrangência da nota em termos de conteúdo e esclarecimentos é um tanto quanto diminuta, resta aos usuários dos serviços interpretarem como seria uma prefeitura de portas fechadas, experiência nunca vivida na terra do calçado. Ações como serviços de luto, entre outros que não podem ser previstas com antecedência como seriam tratadas?

MAIS OBJETIVIDADE

Medidas como a acima exposta demonstram a necessidade de uma melhoria no conteúdo, especialmente de peças publicitárias e notas emitidas pelo executivo municipal. Para projetos de leis, que em alguns casos, os interesses que permeiam possam ser mais que os coletivos, seria até possível o entendimento, mas quando a informação tem por objeto o cidadão, a grande massa, não seria compreensivo de que a pouca clareza da informação se trataria de um ato intencional.

PLANEJAR É PRECISO

É natural nos sentirmos orgulhosos em dizer que a nossa cidade superou a casa dos cem mil habitantes, que somos a cidade que mais cresce em Minas, que deixamos para trás as outras cidades do centro oeste mineiro, que Divinópolis que se cuide, pois em um futuro não muito distante a passaremos também. Se diziam que há 28 anos experimentamos um crescimento descontrolado, agora já se soma 30. Não seria uma das melhores alternativas continuarmos com esse crescimento sem planejamento, que definitivamente, mesmo que não se atentem, impacta na vida de cada cidadão. A apresentação de um projeto que contemple ações a curto, médio e longo prazo nunca foram apresentados. E parece que isto não terá vez a curto prazo, já que sequer uma secretaria de planejamento possuímos.

MUDANÇAS

Pela legislação eleitoral, primando pelo principio da democracia, requisitos mínimos são exigidos para que um cidadão coloque seu nome a disposição do eleitorado. Porém, pelas últimas eleições é perceptível que uma onda de renovação aliada a candidatos que demonstraram além de uma reputação ilibada, sucesso em seu meio profissional, que demonstrem real capacidade para exercer o cargo proposto, vem ganhando força. A disputa por um cargo político é a única pela qual um candidato não precisa demonstrar formação ou capacidade técnica, diferentemente das outras. Para um País que deseja crescer e ser autossustentável em todos os aspectos, práticas assistencialistas realizadas por alguns detentores de cargos públicos precisam ser revistas.

MAQUIANDO O MONSTRO

Alguns municípios, especialmente do estado de Minas, tem maquiado a crise financeira que tomou conta especialmente nos últimos meses. Com o fim do atual governo estadual, gestores municipais têm encontrado facilidade em atribuir ao atual governador toda responsabilidade pela falácia administrativa ocorrida em seus municípios. Menos de 40% dos municípios mineiros decretaram estado de calamidade financeira, alguns inclusive anteciparam o pagamento da folha de dezembro e do décimo terceiro, aquecendo o comercio local. Sem duvida a ausência do repasse cria transtornos, mas é preciso fazer com precisão o dever de casa também. Talvez o “monstro” não seja tão responsável e aterrorizante como desenham.

DESCANSO

Seguindo os costumes da nossa terra do calçado e a programação do nosso “diário” aproveitaremos esse momento especial para estarmos em família, repor as energias, refletir sobre o ano que se encerra e nos prepararmos melhor para o ano que em breve se iniciará. Planejar é preciso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em 2018 pude experimentar uma atividade totalmente diferente da praticada até então. Gostaria de agradecer aos amigos Israel Silveira, diretor deste Jornal que por algumas vezes me convidou para participar do seleto quadro de colunistas, que a principio relutando me convenceu a escrever algumas linhas. Também aos amigos Dr. Ezequiel Silas e Mauro Soares, pelo convite a estar presente na Rádio 98 FM todas as quartas feiras. Confesso que o desafio é grande, que os assuntos abordados para muitos causam satisfação e que para outros descontentamentos, o que já era esperado. Para quem acompanha semanalmente nosso trabalho já deve ter percebido que a “pessoa” nunca foi nosso objetivo de apreciação, mas sim a atuação no cargo em que está investido. Além se buscar a coerência, buscamos sempre nos pautar em fatos reais, sabendo perfeitamente distinguir ações publicas e pessoais. É fato que um olhar mais atento e criterioso, tem proporcionado a coletividade resultados que até então não havia acontecido na cidade. Espero que com o trabalho realizado, politizando o eleitor e o cidadão de uma forma em geral e que especialmente a classe política possa amadurecer, entendendo sua real função em busca do aprimoramento constante.

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE PAZ,

SAÚDE E REALIZAÇÕES.

 

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