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Pandemia

ONU afirma que mundo deve entrar em ‘economia de guerra’ por pandemia

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A Índia tornou-se o terceiro país a ultrapassar 300.000 mortes, atrás dos EUA e do Brasil

O mundo está “em guerra” contra a covid-19, afirmou nesta segunda-feira (24) o secretário-geral da ONU, António Guterres, que fez um apelo para que a comunidade internacional adote uma lógica bélica para lutar contra a pandemia, que provocou mais de 300.000 mortes na Índia.

“Nós estamos em guerra contra um vírus. Precisamos da lógica e da urgência de uma economia de guerra para aumentar a capacidade de nossas armas”, declarou Guterres em Genebra, no início da principal reunião anual dos países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pandemia causou pelo menos 3.465.398 mortes, número que pode atingir, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) até “cerca de 6 a 8 milhões de mortes” – e infectou 166.741.960 desde o final de 2019, segundo balanço feito nesta segunda-feira pela AFP.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por sua vez expressou seu desejo de que 10% dos habitantes de cada país sejam vacinados até setembro, e lamentou que “um pequeno número de países” tenha acumulado vacinas.

A pandemia também matou pelo menos 115.000 profissionais de saúde, de acordo com o chefe da OMS.

A China, onde essa história começou e que sempre rejeitou categoricamente que o coronavírus pudesse ter escapado de um de seus laboratórios, desmentiu o The Wall Street Journal, que afirmou que três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, cidade que foi o epicentro da epidemia, sofreram de uma doença semelhante à covid que exigiu tratamento hospitalar em novembro de 2019.

– Vacinas no Japão – 
Além do balanço sanitário, “cerca de 500 milhões de empregos foram destruídos”, disse Guterres. “Os mais vulneráveis são os que mais sofrem, e temo que isso esteja longe de terminar”.

O secretário-geral da ONU pediu ao G20 que crie um grupo de trabalho de partes interessadas sobre vacinas, alertando que novos surtos poderiam “desacelerar a recuperação econômica global”.

Na Ásia, a Índia, onde o coronavírus tira muito mais vidas do que o anunciado oficialmente, tornou-se o terceiro país a ultrapassar 300.000 mortes por covid depois dos Estados Unidos e do Brasil, e as infecções já ultrapassam 26,7 milhões.

A apenas dois meses dos Jogos Olímpicos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), o Japão inaugurou nesta segunda-feira os dois primeiros grandes centros de vacinação contra o coronavírus, com o objetivo de acelerar a campanha de imunização, cuja lentidão é muito criticada.

Apenas 2% dos quase 125 milhões de habitantes do Japão receberam até o momento as duas doses da vacina, contra 40% da população dos Estados Unidos.

Washington aconselhou seus cidadãos nesta segunda-feira (24), a não viajarem ao Japão devido à situação de saúde.

– Passaporte sanitário –
Malta é o caso oposto. O menor país da UE (apenas 500 mil habitantes) é o que mais vacinou: nesta segunda-feira, 70% da população já terá recebido a primeira dose e o seu governo estima que foi alcançada a “imunidade de rebanho”.

A União Europeia (UE), cujas fronteiras externas estão fechadas desde março de 2020 para viagens “não essenciais”, pretende estabelecer em 9 de junho – segundo a França – a lista de países de fora do bloco cujos cidadãos totalmente vacinados poderão entrar livremente no bloco.

Além desta “lista verde”, serão estabelecidas listas mais restritivas – “laranja” e “vermelha”. Esta última inclui atualmente Brasil, Argentina e Índia.

No Chile, o presidente Sebastián Piñera anunciou a implementação de um passe de mobilidade destinado aos que receberam duas doses de uma vacina contra a covid-19.

O passe, que será digital, permitirá que os beneficiários possam se deslocar com liberdade dentro e fora de localidades em quarentena.

Israel estuda acabar com a maioria das restrições vinculadas ao coronavírus no início de junho, informou o ministério da Saúde.

Mas as restrições impostas aos viajantes que chegam a Israel serão mantidas e o ministério cogita inclusive reforçá-las para evitar a entrada de variantes de covid-19.

Israel iniciou uma grande campanha de vacinação no fim de dezembro. Mais de cinco milhões dos 9,3 milhões de israelenses (55% da população) receberam as duas doses da vacina.

A Espanha, por sua vez, decidiu receber turistas do Reino Unido a partir desta segunda-feira sem teste de PCR, assim como os da Austrália, China, Coreia do Sul, Israel, Japão, Nova Zelândia, Ruanda, Cingapura, Tailândia, Macau e Hong Kong, e a partir de junho 7, pretende receber “todas as pessoas vacinadas”, independentemente de sua nacionalidade.

Enquanto isso, as empresas de cruzeiros Carnival, Norwegian Cruise Line e Royal Carribean, oficializaram sua intenção de retomar as viagens dos portos norte-americanos em julho ou agosto.

No Haiti, as autoridades decretaram estado de emergência sanitária por oito dias, com toque de recolher e uso de máscaras em locais públicos, devido ao aumento do número de casos de covid-19 após a detecção das variantes inglesa e brasileira.

E na Cidade do México, cerca de 3.000 alunos protestaram contra a decisão do governo de retomar as aulas em 7 de junho, sem que os alunos ainda tivessem sido vacinados contra a covid-19.

Fonte: O Tempo

Foto: DIPTENDU DUTTA/AFP

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