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Economia

Inadimplência cresce 4,22% e brasileiros podem usar 13º para colocar as contas em dia

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Injeção de mais de R$ 211 bilhões é esperada com pagamento da parcela extra do salário, e além de quitação de dívidas em compras de fim de ano, investimentos podem ser uma boa opção

Na próxima semana será iniciado o pagamento do 13º salário e segundo as previsões dos economistas, neste ano a parcela adiciona do salário vai injetar aproximadamente R$ 211,2 bilhões na economia brasileira até dezembro.

Segundo informado no portal R7, o valor representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, beneficiando cerca de 84,5 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive aposentados, pensionistas e empregados domésticos.

A injeção desses recursos deve ser um alento para boa parte do comercio nacional, afinal muitos trabalhadores utilizam esses recursos para pagarem contas, o que será muito bem visto pelo mercado uma vez que os dados apontam o crescimento da inadimplência nos últimos meses.

Segundo apontado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a quantidade de inadimplentes cresceu 4,22% no mês de outubro na comparação com o mesmo mês do ano de 2017.

O aumento da inadimplência já vinha sendo sinalizado desde o mês de setembro. É o que mostra os dados do SPC Brasil indicando que no mês 9 deste ano, frente ao mesmo período de 2017, a alta havia sido de 3,86%.

De forma absoluta o aumento representa que aproximadamente mais de 62,5 milhões de brasileiros estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito.

 Sudeste

Segundo os dados do SPC Brasil, o aumento da inadimplência foi puxado, principalmente, pela região Sudeste, cuja alta observada em outubro foi de 13,30%. Nas demais regiões, as altas foram menos intensas como 5,31% no Norte; 4,11% no Sul; 3,91% no Nordeste e 1,61% no Centro-Oeste.

A região sudeste, apesar de concentrar a maior parte dos inadimplentes, também tem uma boa notícia para o mercado. Isso porque está concentrado nela a maior parte dos trabalhadores que irão receber os benefícios do 13º salário.

Os estados da região Sudeste ficarão com 49,1% do pagamento do 13º salário, seguido pelos estados do sul com 16,6%, Nordeste com 16%, Centro-oeste com 8,9% e Norte com 4,7%.

 Aplicação

Tanto para os negativados quanto para aqueles que querem encerrar o ano com as contas todas em dia, o 13º tem pra a maioria dos brasileiros um destino específico e acreditem não é lazer ou compras natalinas e sim o pagamento de contas para o início de 2019 ou colocar em dia sua situação financeira em 2018.

Mesmo para aqueles que ainda não estão negativados, a parcela adicional será usada para que o ano de 2019 não comece no vermelho.

Segundo o bancário Moacir Henrique de Paiva Pinto, a parcela adicional será utilizada com a perspectiva de que os tributos e contas de janeiro sejam quitadas. “irei utilizar meu 13º salário para quitar as contas de fim de ano e ainda contribuir para os tributos de janeiro, venho fazendo essa programação já há meses”, disse Moacir.

Já a técnica de radioterapia Iasmini Ambrosio de Sousa Barçante, o seu 13º será somado ao do seu marido e além de contas a expectativa é que os materiais escolares de sua filha sejam garantidos. “Vamos juntar os centavos, minha parcela adicional e do meu marido para que possamos realizar alguns concertos no carro, temos como prioridade colocar algumas contas em dia, realizar a matricula de nossa filha na escola e ainda, vamos tentar garantir o material escolar de nossa filha, neste período é mais em conta do que no início do ano e assim esperamos que o mês de janeiro seja mais tranquilo quanto a essas despesas”, explicou Iasmim.

 Investimento

Moacir ainda considera que aqueles que conseguiram economizar e chegaram ao fim de ano com a situação financeira mais estável a realização de investimentos com a parcela extra do salário pode ser uma boa forma para utilizar o benefício.

O Bancário considera que primeiramente o trabalhador deve garantir que seus débitos estão regularizados e posteriormente uma boa utilização do recurso seria o investimento.

Moacir, no entanto ressalta que o auxílio técnico é necessário para que esse soado dinheiro seja bem aplicado. “A principal indicação que como bancário e dou a população é que caso entendam que o investimento é a melhor forma de utilizar o 13º, eles procurem seu gerente ou um consultor de investimento para que os riscos sejam explicados e os resultados sejam mais positivos”, explicou.

Dentro das possibilidades de investimento o bancário ainda ressalta que cada cidadão tem um perfil diferente que será analisado pelos profissionais da área. “Cada cidadão tem um perfil que é analisado criteriosamente, questões como o valor que desejam investir e o tempo de retorno serão levados em conta. Existem investimentos mais simples que que são Certificado de Depósito Bancário (CDBs) Tesouro Direto e Poupança pra quem é bem tradicionalista e para os mais arrojados existem opções como como ações e fundos de investimento”, indicou

Por fim Moacir ressalta que estas opções são formas de ganho mas que não se fica rico, ou se faz milagre em apenas algumas aplicações e que as contas devem ser sempre priorizadas. “Não se deve investir o 13º esperando ficar rico com algumas aplicações e deixar de quitar as contas e permanecer inadimplente. Isso porque o investimento pode trazer um retorno ótimo em um prazo considerável, mas também ele pode demorar e não dar o rendimento necessário, em caso de deposito em poupança, por exemplo, caso esteja com situação de inadimplência, o juros mensal das contas podem ser maiores do que os ganhos”, finalizou o bancário.

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