Conecte-se Conosco

SAMU

Equipes do Samu realizaram 25 partos em dois anos de atuação no Centro-Oeste de Minas

Publicado

em

As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizaram 25 partos na região Centro-Oeste de Minas entre 2017, quando o serviço foi inaugurado na região, e 2019. Os dados foram repassados pela assessoria do Samu a pedido do G1.

Com sede em Divinópolis, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), responsável pelo Samu, é responsável pelo atendimento a 54 municípios do Centro-Oeste mineiro.

De acordo com os dados, Formiga e Itaúna foram as cidades com o maior número de partos realizados por uma equipe do Samu no período. Em Formiga, as equipes realizaram seis partos de gestantes. Já em Itaúna, foram registrados cinco nascimentos pelas mãos de profissionais do serviço.

Em Pará de Minas, foram realizados três partos. Divinópolis, Nova Serrana, e Pitangui registraram dois partos cada. Já Arcos, Santo Antônio do Amparo, Itapira, Martinho Campos e Oliveira tiveram um registro cada.

Em outubro de 2017, o G1 conversou com a técnica de enfermagem responsável pelo primeiro parto feito dentro de uma ambulância do Samu em Divinópolis. Na ocasião, Janaína Vilela afirmou que “atendemos muitos casos de tristeza, e uma criança vir ao mundo é muito feliz”.

O segundo parto realizado na cidade ocorreu em novembro do mesmo ano. Na ocasião, uma mulher de 35 anos deu à luz a uma menina dentro de uma ambulância da unidade. Outros casos da região também foram destaque no G1, veja abaixo:

Um dos partos registrados em Itaúna foi um parto de alto risco. Na ocasião, uma adolescente de 17 anos, que seria transferida do Hospital São Francisco, em Iguatama, para o Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, rompeu a bolsa enquanto era transportada e deu à luz no trevo de Itaúna.

Segundo o Samu, o parto era considerado de alto risco, pois a adolescente estava grávida de 34 semanas. De acordo com o médico responsável, Luiz Nazareno, a paciente já apresentava dores abdominais quando saiu de Iguatama. No caminho, as contrações aumentaram, ela teve uma dilatação completa e rompeu a bolsa.

“A paciente sentia dores havia três horas e estava bem esgotada. Fizemos uma episiotomia, que é um corte para auxiliar na abertura vagina, e o enfermeiro fez uma pressão. Com isso, a criança nasceu. Por um milagre divino ela respirou no primeiro minuto e assim colocamos a criança no colo da mãe na intenção de fazer um parto humanizado”, disse.

Cuidados

De acordo com a pediatra e médica do Samu, Marcela Moura Pinto, tanto as ambulâncias quanto a equipe do Samu são preparadas, com medicações e aparelhos que visam o bom atendimento da gestante.

Segundo ela, a maioria das chamadas recebidas pelo serviço visa transportar a gestante de casa, ou de um hospital de menor porte, para que a unidade hospitalar realize o parto.

“Quando não tem jeito, não vai ter tempo de chegar no hospital, o parto vai ser feito da melhor maneira possível, visando acolher essa gestante, fazendo um parto mais humanizado possível com o mínimo de intervenções necessárias. As intervenções médicas vão ser só as necessárias, para o bem estar da gestante e da bebê”, afirmou.

Após o nascimento do bebê, a equipe é instruída a avaliar a respiração e os batimentos cardíacos do recém-nascido para saber se está tudo bem. Caso esteja, o bebê é colocado junto a mãe para ser aquecido. Caso o bebê tenha dificuldades para respirar ou apresente batimentos cardíacos fracos ou com disritmia, a equipe tenta reverter o quadro com os equipamentos disponíveis.

“O parto deve ser um momento prazeroso, um momento feliz. Ele deve ocorrer de forma agradável e prazerosa – tanto pra mãe, quanto para o bebê. É uma alegria muito grande o Samu poder participar destes momentos indescritíveis e inesquecíveis”, concluiu a pediatra.

Por Matheus Garrôcho / G1 Centro-Oeste de Minas

Publicidade
Publicidade

Política