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Empresários e políticos mineiros denunciados por tomarem vacina de Covid-19 escondidos serão investigados pela PF

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Na última quinta-feira, dia 25 de março a Polícia Federal (PF), abriu um inquérito nesta para investigar um grupo de empresários mineiros que teriam dado um jeitinho, compraram e tomaram as vacinas contas Covid-19 às escondidas.

De acordo com as informações repassadas, reportagem feita pela revista Piauí, que expôs os investigados, empresários e políticos mineiros teriam recebido na terça-feira (23), em Belo Horizonte, a primeira dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus.

Conforme exposto na reportagem grande parte deles ligada ao setor de transportes em Minas Gerais, sendo os organizadores da compra os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur.

Quanto aos políticos envolvidos na vacinação,  foi repassado pela Piauí que foram imunizados com a primeira dose da vacina, junto ao grupo investigado, o ex-senador e ex-vice-governador de Minas Clésio Andrade, que também foi presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT).  À “Piauí”, ele disse que foi convidado para se vacinar e não pagou pela dose”.

o ex governador no entanto não manteve seu discuso e para a reportagem do Jornal O Tempo, Clésio negou o fato. “Desconheço. Estou em quarentena aqui, no Sul de Minas”, informou. Questionado sobre sua declaração à revista, Andrade ignorou as mensagens e as ligações da reportagem.

O deputado estadual Alencar da Silveira (PDT) também teria sido imunizado, segundo a revista. Procurado, o parlamentar se mostrou surpreso com a notícia.

“Não tenho nada a declarar, acabei de saber disso, estava em reunião. Eu tive coronavírus, eu tenho imunidade”, afirmou o deputado, que destacou que vai apurar a informação.

De acordo com relatos obtidos pela “Piauí”, o grupo envolvido no esquema foi vacinado por uma enfermeira que acabou se atrasando porque estava imunizando outro grupo na Belgo Mineira, mineradora hoje pertencente à ArcelorMittal Aços.

Por meio de nota, a ArcelorMittal informou que nunca comprou nenhuma vacina da Pfizer contra a Covid-19 ou de qualquer outra empresa farmacêutica e negou ainda que tenha feito contato com qualquer indústria para a compra direta de imunizantes.

“A Abertta Saúde, empresa de gestão de saúde da ArcelorMittal, atua como posto avançado de vacinação do SUS junto às secretarias municipais de Saúde de Belo Horizonte e de Contagem. No entanto, a ArcelorMittal desconhece qualquer atuação de seus profissionais em atos correlacionados à vacinação fora dos protocolos do Ministério da Saúde e do Programa Nacional de Imunizações – PNI”, diz o comunicado.

Denúncia

Uma servidora municipal da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte filmou várias pessoas sendo vacinadas na garagem da empresa. Segundo ela, teriam sido vacinados políticos e empresários. A empresa negou que a garagem pertença a Saritur.

Na última quarta-feira (24) uma reportagem da revista Piauí revelou que empresários e políticos mineiros tomaram a vacina contra Covid-19 às escondidas. A reportagem cita que os irmãos Robson e Rômulo Lessa, donos da Saritur, teriam organizado a vacinação com o imunizante da Pfizer.

Em nota, a Saritur afirmou que os nomes citados na reportagem da revista não fazem parte de seu corpo societário. “O assunto tratado na matéria é de total desconhecimento da Diretoria da empresa”, diz o comunicado.

Governo Federal

Por sua vez o governo federal informou que as doses contratadas da Pfizer/BioNTech ainda não chegaram ao país. A previsão do laboratório, segundo o Ministério da Saúde, é entregar a primeira remessa a partir de abril ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Em nota a pasta reforçou que a legislação sancionada no último dia 10 autoriza setor privado a comprar vacinas, desde que elas tenham registro ou autorização para uso emergencial no Brasil. No entanto, as doses devem ser encaminhadas ao PNI para serem distribuídas para todos os Estados e para o Distrito Federal, de forma proporcional e igualitária, pelo governo federal.

“No caso do setor privado, de acordo com a legislação, as doses deverão ser integralmente doadas ao SUS enquanto estiver ocorrendo a vacinação dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Após essa etapa, metade das doses adquiridas deve ser entregue ao SUS, e a outra metade, aplicada gratuitamente”, informou.

Já a Pfizer negou qualquer venda ou distribuição da vacina fora do âmbito do Programa Nacional de Imunizações. Segundo a empresa, o imunizante ainda não está disponível em território nacional. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao longo deste ano.

Segunda dose

Cabe ressaltar que ainda de acordo com a publicação da revista Piauí, a aplicação da segunda dose nos empresários e políticos denunciados no esquema está prevista para acontecer em 30 dias. O custo da operação teria sido de R$ 600 por indivíduo.

Fonte: Com informações do O Tempo/Revista Piauí

Foto: Agência Brasil

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