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EAD na pandemia e a dificuldade de retomada presencial

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Com a Pandemia vários aspectos do nosso cotidiano sofreram com mudanças inesperadas, desde simples fato de evitar um aperto de mão até o famoso home office, porém algo latente no novo normal tem sido o ensino remoto, o famoso EAD, o método já é adotado mas não significativamente como tem sido agora em virtude do momento delicado que estamos vivendo, uma pesquisa TIC Educação 2019 aponta que apenas 14% das escolas públicas e 64% das particulares em áreas urbanas contavam com ambiente ou plataforma de aprendizado a distância, outro ponto a base total de alunos no ensino superior privado é de 4,5 milhões em cursos presenciais e 1,8 milhão na graduação on-line, segundo o último levantamento do Ministério da Educação (MEC), referente ao ano de 2018.

Algumas instituições de ensino superior então já se utilizavam da metodologia seja de forma total na aplicação do curso ou de forma hibrida, porém em grande maioria foi novidade para crianças, adolescentes, e até estudantes do ensino superior, todos tem procurado se adaptar a nova ferramenta já que o método pré-estabelecido se mantem vigente até que seja seguro efetivamente frente à pandemia o retorno presencial, o MEC publicou recentemente a PORTARIA Nº 544, DE 16 DE JUNHO DE 2020 que dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação da pandemia do novo coronavírus, fixando as aulas em plataformas digitais até a data de 31/12/2020, ou seja, o método vai vigorar realmente.

Na rede com ensino infantil têm surgido fortes reclamações da dificuldade de manter as crianças atentas pelo meio remoto, pais têm argumentado bastante sobre a metodologia, então surge o principal desafio garantir pelos vídeos aulas tudo aquilo que está no papel, a educação esta sendo reinventada, no ensino superior o método já tem espaço, porém existe muitos questionamentos de quem está experimentando o método pela primeira vez, a quem diga que não consiga se adaptar, o fato do ensino pela tela do monitor ou celular é assustador para alguns, para os professores tem sido uma luta contra o tempo, uma vez que estão acostumados com um planejamento dentro de sala de aula e de repente se deparar com filmagens, gravações de aulas, envio de arquivos, e afins.

Não há data para o retorno das aulas presenciais em Minas Gerais. Quem tem filho em escola pública reclama da falta de conteúdo passado aos alunos. Já nas escolas particulares, a queixa é em relação ao excesso de informação. O fato é que escolas, pais e alunos ainda tentam se adaptar à nova realidade.

Três semanas após a volta das aulas presenciais no ensino médio nas escolas estaduais no Estado do Amazonas7,6% dos profissionais de educação da rede testaram positivo para o novo coronavírus. Os dados foram apresentados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Estado nessa segunda-feira, 31. O diagnóstico de infecções tem elevado a apreensão de professores e pais de alunos e o sindicato de trabalhadores do setor já pediu o retorno das classes totalmente remotas.

Em São Paulo aconteceu um protesto no dia 30/08 que começou por volta das 14h e, segundo estimativa da Polícia Militar que estava no local, reuniu cerca de 90 pessoas na famosa Avenida Paulista. O grupo caminhou pela faixa de ônibus da avenida e se dispersou por volta das 15h30.

O Estado de São Paulo tem como base da diretriz de priorizar o retorno presencial dos 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio, etapas consideradas decisivas no processo de aprendizagem.

Na Europa, França, Alemanha, Reino Unido e Itália tentam evitar outro fechamento generalizado das escolas neste semestre, e recorrem a distanciamento social e uso de máscaras. Se houver surtos, pretendem fechar apenas turmas ou escolas individuais.

Entre tantos pontos sofremos por ser um país de dificuldade educacional historicamente, uma pesquisa de 2017 revela que cerca de 51% da população brasileira de 25 anos ou mais têm somente até o Ensino Fundamental completo; no caso do Ensino Médio, 26,3% desse grupo tinham completado esse nível de instrução, sendo a taxa mais baixa localizada no ensino superior: 15,3% completaram a etapa. Números do IBGE mostram que o Brasil ainda tem 11,3 milhões de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais — o número corresponde a 6,8% dessa população, observando divergências regionais. Temos exemplo no Sudeste: o índice de analfabetismo na população de 15 anos ou mais é 3,47%, no Nordeste a taxa é de 13,87%.

Somos um país continental com vários outros aspectos envolvidos, seja a educação fraca historicamente, diversidade cultural e econômica que atingem a questão do ensino, além de tudo isso, surge mais uma polêmica com o ensino em EAD: a Internet não deveria ser reconhecida com um direito fundamental assim como “água e luz”? Para muitos a inclusão digital é nos dias atuais, essencial para o desenvolvimento da nossa sociedade, principalmente na questão da educação e atualmente nem todos tem acesso à ferramenta.

Por fim essa é mais uma tendência do nosso novo normal, com pais e suas lutas diárias com aulas remotas, adolescentes e alunos do ensino superior se adaptando as mudanças, o novo normal na retomada do ensino presencial com distanciamento social em todos os ambientes, redução da quantidade de alunos por turma, protocolos de higiene antes e depois de usar objetos comuns, disponibilização de materiais de limpeza em todos os ambientes, adoção de medidas preventivas e de segurança, como o uso de máscara e medição da temperatura, revezamento de aulas por dia da semana para os grupos de alunos, aumento das atividades ao ar livre, se possível, reestruturação dos horários de entrada, saída e intervalos para evitar grandes aglomerações entre outros fatores.

E assim seguimos na esperança de que tudo ocorra bem principalmente sendo preservada a saúde de todos, e as aulas pelo EAD ou presencial, que a educação possa ser respeitada, pois é a base de um  país melhor !

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