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Direita, esquerda e a criminalidade

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Na terça feira (20/08/2019), assistimos mais um episódio da violência que diariamente ronda nossa sociedade. Um indivíduo que até o presente momento não se tem total informação sobre o mesmo, pegou um ônibus no Rio e fez o mesmo ser parado na Ponte Rio Niterói, travando o trânsito na ponte nos dois sentidos em horário de pico e mantendo diversas pessoas reféns, ameaçando todos com o risco de colocar fogo no ônibus com os reféns dentro.

Após cerca de mais de três horas, ocorreu o desfecho da situação, onde um atirador de elite da Polícia Militar acabou por acertar tiros no sequestrador e matar o mesmo. Na ponte no momento dos disparos que neutralizaram o sequestrador e da confirmação pelos policiais da neutralização, foram vistas diversas pessoas comemorando.

Nos comentários entre amigos e colegas de classe (advogados), surgiu a temática de atuação diferenciada das forças policiais no caso, com a autorização bem rápida de ação do atirador de elite para abater o sequestrador. A controvérsia surgida foi se haveria no caso uma orientação direta do governador do Rio de Janeiro para uso dos atiradores de elite, que todos sabem é considerado de direita (alguns até o consideram de extrema direita), visto que o mesmo tem mudado a política de combate ao crime naquele Estado, determinando o uso de força letal em vários casos, tendo inclusive o mesmo numa atuação polêmica, participado de uma operação policial dentro do helicóptero da polícia que visava abater criminosos que portavam fuzis em uma comunidade do Rio.

No debate entre esses amigos e colegas, alguns com viés político de esquerda e outros de direita, chegou se a uma conclusão de que efetivamente se o governo do Rio de Janeiro fosse de esquerda, talvez não se tivesse sido usado os atiradores de elite de forma tão rápida, visto que a princípio não havia indicativo claro de que o sequestrador efetivamente caminhava para eliminar os reféns.

Numa análise mais profunda da questão, dado o exemplo aqui citado ocorrido no Rio de Janeiro, é possível constatar que em se tratando de segurança pública e combate ao crime a visão de ideologia política de esquerda e direita é bastante diferente. A política de direita tem uma visão mais de enfrentamento com força (às vezes letal) da criminalidade, enquanto a esquerda prefira os caminhos alternativos, dando muita ênfase ao chamado Direitos Humanos.

Na semana passada, foi divulgado pela revista Veja uma matéria em que supostos líderes do PCC (organização criminosa de São Paulo) teriam dito que com o governo do PT haveria “conversa” e que com o atual governo não. Foram criados muitos “memes” na internet no sentido de que a matéria visava denegrir o PCC por dizer que eles seriam aliados do PT.

Brincadeiras à parte, de concreto o que se tem é que as falas dos líderes do PCC foram no sentido de que com os governos de esquerda não há um enfrentamento mais direto da criminalidade, usando se de força muitas vezes letal.

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