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Política

Dezoito meses de problemas e conquistas

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Ao completar exatamente 1 anos e seis meses de gestão, o prefeito de Nova Serrana fala para o p(OP) – ular de forma exclusiva sobre investimentos, obras, problemas e assuntos polêmicos vivenciados por seu mandato nesse período

O Popular (OP) – Prefeito já se passaram 18 meses de sua gestão, já pode observar quem é quem dentro da prefeitura e na política da cidade, já sabe o tamanho do problema que tem que administrar sendo assim qual a sua visão sobre Nova Serrana e a sua gestão nesse período?

Euzebio Lago (EL) – é importante salientar que esses um ano e seis meses foram cruciais para conhecer de forma íntima as questões da cidade. Primeira coisa que as pessoas não sabem, é que temos um título de sermos uma cidade rica, mas na administração isso não é verdade. Somos uma cidade que tinha receitas do município que não eram exploradas como deveriam, como o ISSQN, que não havia preocupação de recolher que é obrigação do gestor, é uma cidade que tem riqueza no setor privado e não tem o mesmo ganho quanto a questão publica.

(OP) – Mas isso acontece mesmo sendo a cidade que mais cresce no estado?

(EL) – Sim, somos a cidade que mais cresce em Minas e sendo assim temos uma demanda equivalente a esse crescimento. Para ter uma ideia Divinópolis tem cerca de 230 mil habitantes e pouco mais de 14 mil alunos na rede publica, Nova Serrana tem 13.800, além do fluxo de pessoas que chegam todos os dias e são bem vindas. Nossa cidade exige muito, e a falta de planejamento em alguns setores traz dificuldade de não fazer o que a cidade almeja, mas a perspectiva é boa, as empresas dão emprego, o município tem que dar qualidade de vida, e isso graças a Deus é comprovado por todos que são coerentes.

(OP) – Já que falou de qualidade de vida, sua gestão nesses 18 meses tem investido as atenções para melhorias na saúde de Nova Serrana, esse era o setor mais carente da cidade?

(EL) – Qualidade de vida começa com saúde de qualidade, temos avanços inimagináveis em um cenário onde o estado tem debito com o município, mas isso não nos prejudicou quanto ao crescimento. Investimos não somente na saúde. Na educação temos 18 escolas em tempo integral, sendo 13 de infantil com material didático em rede, servimos 15 mil refeições diárias. Damos ao adolescente a condição de permanecer na escola e não somente quanto a diversão, mas possibilitando noções e aprendizado quanto ao empreendedorismo, reforço de português e matemática e esportes. Planejar o futuro é investir em educação.

(OP) – Dois problemas foram pontuados de forma bem explicita, e a terceira bandeiras das necessidades sociais a segurança. O executivo tem feito sua parte ao seu modo de ver?

(EL) – Temos feito nosso papel. Todos podem ver as parcerias e convênios com investimentos por parte do executivo de R$ 2 milhões por ano. Investimos em suporte, alugueis, funcionários e damos todo o suporte. A Guarda Municipal está em expansão, queremos que ela seja armada e já estamos preparando a ampliação do efetivo que será feito via concurso. Na segurança saúde e educação, com toda humildade está sendo feito o que não esperávamos esse ano.

(OP) – Certo, vamos então listar o que foi feito na saúde.

(EL) – De início entregamos quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos bairros Veredas, Capão, Cidade Nova, e São José. Para mensurar a importância dessa medida damos o exemplo do Capão que tem hoje quase 10 mil habitantes. Lá tinha médico apenas uma vez por semana, hoje todos podem ver na comunidade tem médico 8 horas por dia, todos os dias úteis da semana. Isso é um ganho imensurável porque o poder público está dando auxílio quanto a saúde.

(OP) – você anunciou a mais ou menos um ano atrás que teríamos três hospitais na cidade, muita gente duvidou dessa afirmação.

(EL) – Ao tornar o município pleno emancipamos do Estado, agilizamos os processos e assim podemos trazer mais recursos para o município direto pela união. Essa é uma marca histórica para a cidade e assim obtivemos a abertura da cidade para a saúde como um todo. Viabilizamos ações com ousadia como a doação com encargos e o convênio com o Hospital Santa Mônica que trouxe para a cidade algo inédito em um momento em que o estado tem divida e o SUS não consegue captar a demanda. Mais de 80 pessoas passaram pela UPA e após negativa no SUS, foram atendidas com qualidade. Essas 80 pessoas se fosse um atendimento judicializado geraria um gasto mais de R$ 1milhão. Sem falar que o cidadão, o leitor do Popular é quem paga a conta da judicialização, pois cada munícipe paga isso com seus impostos.

(OP) – E os outros dois hospitais, o Hospital Dia não seria entregue em 45 dias, nossos leitores querem saber por que ainda não foi inaugurado?

(EL) – O espaço está sendo adequado. O processo seletivo já foi feito pelo CIES, está tudo a pleno vapor para que tudo seja inaugurado dentro de no máximo 40 dias. Como é uma unidade modular e os containers são preparados com outros materiais a greve dos caminhoneiros acabou atrasando o processo, mas a secretária já fez contato e foi afirmado que está tudo sendo normalizado. Esse hospital é um marco para a chegada em Minas de um projeto que já funciona em outros estados e países. Com essa medida vamos poder vender serviços para outros municípios como oftalmologia onde o paciente poderá sair até mesmo com os óculos. Sobre a Gestão do Hospital São José, podemos ver na mudança da gestão uma mudança quanto a situação do Hospital, como já foi divulgado recentemente por vocês os balanços do início dessa gestão. É importante ainda lembrar que esta é a primeira vez em Minas que acontece um caso como o do Hospital São José e a gestão sendo assumida pelo município. Tudo isso é possível com a plenagem da saúde. Ao tornar o município pleno emancipamos do estado, agilizamos os processos e assim podemos trazer mais recursos para o município direto pela união. Essa é uma marca histórica para a cidade. Na saúde já marcamos a história de Nova Serrana.

(OP) – Foi dito na Câmara que as vagas do Hospital São José são geridas pela central de regulamento em Divinópolis, isso procede?

(EL) – A afirmativa está equivocada. Existe hoje um comando único do município na transferência da UPA para o Hospital São José o critério é feito de nosso comando. A capitação de vaga é feita pela gestão do município havendo vaga a regulação é do município. Divinópolis tem sim gestão quando o socorro que é feito pelo SAMU, quando é urgência e emergência. Dai a importância do 192, o SAMU tem um medico que atende e abre essa porta de forma preferencial. Então há um equívoco quanto a essa colocação.

(OP) – Só para esclarecer, foi dito recentemente pela secretária de saúde que a cidade ainda não está toda coberta com saúde primária, tem pretensão de mudar esse quadro?

(EL) – Quando assumimos em janeiro tínhamos apenas 54% de cobertura, já chegamos a 75%. Já demos o tom, como falamos das UBS’s, o próximo bairro a ganhar uma unidade será o Santa Sara e será com sede própria. Lá hoje o atendimento é feito em um PSF rural, lá vamos construir uma unidade própria com recursos vindos de emendas já garantidas pelo deputado Newton Cardoso Jr.

(OP) – Para finalizar essa parte e falarmos de outra pauta, a CPI da Saúde. Foi afirmado na Câmara que os vídeos (da UPA) ainda não chegaram, como está a sendo feita essa colaboração?

(EL) – É bom deixar claro que não temos nada a esconder. Ontem tive com a secretária e ela mostrou o protocolo de que tudo que foi solicitado foi entregue na Câmara. Quanto às imagens vou procurar saber, mas acredito que também foram entregues. A CPI foi motivada por uma fatalidade e acredito que no final da CPI vai ser constatado que não houve por parte da UPA negligencia. Acredito que a negativa de documentos não procede.

(OP) – Tem novos investimentos vindo por ai?

(EL) – Realizamos a compra de uma van com 15 lugares e ar condicionado que foi inclusive noticiado por vocês, para fazer o transporte dos pacientes que fazem hemodiálise. Com as mudanças que vem acontecendo de forma histórica, temos o projeto de trazer a hemodiálise para Nova Serrana, mas isso ainda está em fase de projeto.

(OP) – Por falar em projeto, a ponte do São Geraldo, o projeto não previa conclusão em 90 dias?

(EL) – A Ponte do São Geraldo está em construção, se for avaliado as pontes de Nova Serrana vamos perceber que nenhuma foi feita com a qualidade e vazão que está sendo feito ali. A obra teve alguns atrasos devido a questões estruturais do projeto como o secretário da pasta já pontuou para o Popular, mas a ponte que tem uma qualidade diferenciada já está com as obras bem encaminhadas.

(OP) – falando de ponte não podemos deixar de questionar sobre que foi levada pelas chuvas próximo ao Jardim do Lago?

(EL) – No dia fatídico da queda da ponte que ocorreu em uma chuva ainda de madrugada, estávamos na estrada e as 13h nos reunimos com o ministro da integração nacional, inserimos Nova Serrana em um grupo de 14 cidades que vão receber auxilio. Entendemos que o deputado fez seu papel, o município fez seu papel, mas a união não. O Governo Federal não mandou os recursos, foi encaminhado apenas R$ 19 mil para a defesa social, e até agora nenhuma cidade recebeu nenhum centavo desse auxilio.

(OP) – Qual o custo real dessa obra, quando ela deve ser feita?

(EL) – Quando foi falado que a ponte iria custar R$ 920mil, muitos questionaram, mas esse será o custo da ponte e o trabalho de drenagem na vasão para que isso não aconteça novamente, ela já foi remendada outras vezes. O dinheiro público anda não foi liberado, eles alegam que a união não tem recurso. Atualmente a união deve R$20 bilhões para os municípios nacionais e diante disso eu desisti dessa verba, vamos licitar e fazer com recursos próprios. Poderia ter feito antes mas não podemos jogar dinheiro publico fora. Assim informo que a licitação vai acontecer na próxima semana, será publicado o edital, ele abrange técnica e preço, a obra demanda cuidado porque não devemos deixar o dinheiro publico literalmente ir por agua abaixo.

(OP) – Outras áreas também precisam de atenção quanto aos estragos das chuvas, o medo da situação piorar em outras chuvas como essa existe?

(EL) – Enfrentamos a força da natureza nesses 18 meses, uma cratera no mariana Martins, tivemos que fazer intervenções caras e em meio as dificuldades fizemos. Tive a oportunidade de conhecer as fragilidades e falta de estrutura de nossa cidade. É impossível fazer o que precisamos nesse tempo. Temos um projeto de RS100 milhões, para fazermos drenagem e de três bacias, estamos entrando com esse projeto na Codevasp, já falei com o Ministro das Cidades, é um projeto ousado, está sendo adequado as demandas do município e queremos pelo menos dar inicio nessa canalização pelo menos voltada na região central. Temos também o córrego próximo ao Corpo de Bombeiro, já foi licitado, não será feito somente naquele lugar. Cada ponto é um projeto, o primeiro dele será próximo ao Corpo de Bombeiro porque a rua está desmoronando, como será feito no SESI, lá vamos desmanchar parte da secretaria da escola. Já vamos iniciar também a limpeza dos ribeirões.

(OP) – Tem mais obras acontecendo na cidade?

(EL) – Muitos perguntam onde estão as obras. Estamos fazendo inúmeras, não estamos aguardando o período eleitoral. Somente escolas temos duas escolas que estão sendo construídas uma com 18 salas no Cidade Nova, e uma no Capão, ambas com quadra e a ordem de serviço já foi dada. Construímos 19 salas de aula esse ano, em varias escolas fizemos a ampliação, isso atende a demanda que é crescente.  Construção e abertura de CMEI’s, estão em andamento. Na Rodoviária, pintamos a rodoviária, instalamos Câmeras, os banheiros foram reformados. Vamos asfaltar do lado de cima da rodovia dos bairros antigos, uma obra de sete milhões de reais, estamos terminando o projeto recursos viabilizados, vamos fazer através de financiamento da caixa e emenda parlamentar, dos deputados Ademir Camilo e Newton Cardoso e também vamos duplicar a rodovia Carmem Duarte, o projeto esta sendo elaborado, e a duplicação será de Nova Serrana até o Boa Vista. Atendendo a uma população de aproximadamente 60 mil pessoas.

(OP) -E por falar em rodoviária, os banheiros estão mesmo sendo trancados? Muitos tem reclamado sobre isso.

(EL) – Algumas mudanças são necessárias devido ao vandalismo, houve casos de vandalismo. Os banheiros são fechados à meia noite, e tem uma placa que avisa que a chave está em uma lanchonete, houve roubo de torneira e outras questões que são indigestas até de serem colocadas em jornal. Quanto aos carros guinchados, não tenho conhecimento de que os carros com mais de 15 minutos estão sendo guinchados, tive relato de pessoas que viajavam para São Paulo e deixaram o carro no estacionamento, isso é falta bom senso, uma vez que o espaço é rotativo.

(OP) – Prefeito falando de assunto polêmico, temos percebido muitas críticas sobre o posicionamento da administração com relação as invasões.

(EL) – A prefeitura tem sido criticada por quem? Ano passado recebi uma ligação de uma promotora perguntando se eu iria ou não tomar uma iniciativa. Veja essa situação de Área de Preservação Permanente (APP), tem gente morando praticamente dentro d’água, quando acontecer uma tragédia de quem é a responsabilidade. Vamos apresentar um projeto habitacional, onde vamos possibilitar uma condição de habitação com qualidade e não somente, dando documento de forma equivocada como antigamente.

(OP) – Ontem estivemos com alguns populares e questionaram sobre o veto do José Silva de Almeida. O que a prefeitura pretende fazer quanto a isso?

(El) – O José Silva de Almeida que foi um empreendimento municipal do ano 2000 é algo tão complexo que não se pode resolver sem observar todas as facetas da situação, o veto não foi por questões pessoais e sim por questões jurídicas. Conversei com os vereadores não vou enviar nenhum projeto imoral ou ilegal, o que se espera é algo igual vindo de lá, o que impossibilitou a aprovação do projeto são questões jurídicas, a procuradoria se posicionou quanto a necessidade do veto. Sobre a questão do bairro, das invasões e posse dos terrenos, não se resolve um problema criando outro. Tem lotes ali que a Receita Federal é proprietária, então tem legalidade. Tem lotes que foram alvo de leilão judicial, são situações complexas que precisam de observância da lei. Entendemos que tem gente lá que precisam, mas tem gente que tem trinta lotes, se a situação fosse fácil já teriam resolvido antes, mas entendemos e vamos resolver. Foi dito que o prefeito vai desmanchar tudo. O que tem acontecido são cumprimento de determinações judiciais, não é o prefeito que manda é a justiça. A questão ali é jurídica e não política e vamos apresentar um projeto habitacional para aqueles que querem ter um teto com uma situação mais digna.

(OP) – Ainda sendo polêmico, porém agora falando de política, como está a relação com a Câmara de vereadores?

(EL) – Desde o primeiro dia eu dei o tom de que quero união das pessoas, ficou da gestão passada mais de 600 funcionários, eles trabalhavam para a gestão passada e hoje trabalham para o município, a mesma paz que é necessário ter na prefeitura eu proponho para a relação com o legislativo, sou o primeiro prefeito que esteve como vereador. Respeito a prerrogativa mas estamos sobre três coisas, Constituição, Lei Estadual e Lei Orgânica do município. Seguimos as leis independente de situação política, os vereadores que fazem parte do bloco de oposição estão com nomes nas placas das obras que indicaram. Estamos agora buscando acertar esses desencontros, podemos construir juntos não tenho vaidade, as pessoas são livres e podem pensar e forma diferente. É claro que chega um ponto em que temos que aparar as arestas e trabalhar para a população, mas respeitando a lei, tem cidades que temos visto prefeito e vereador presos porque estão agindo à margem da lei.

(OP) – A Câmara votou os projetos 033/2018, 034/2018 e em uma atitude impositiva do presidente o 058/2018, esse último foi reprovado. Esses projetos seriam a reforma que tanto se falou em 2017?

(EL) – Os projetos não tem nada a ver com a reforma administrativa, eles são adequações necessárias para a cidade, o pano de fundo é que vamos realizar o concurso publico que há 12 anos não acontece no município. Os cargos que foram extintos são da educação e extinguir não é demitir pessoas. Houve um equívoco na interpretação do projeto. Vamos fazer o concurso esse ano, existem pessoas há 15 anos trabalhando no município e um TAC assinado no MP que temos que cumprir.

(OP) – O projeto 058/2018 foi visto como uma prerrogativa para um processo de terceirização da mão de obra e seriam extintos mais de mil cargos se o projeto fosse aprovado, essa aprovação desafogaria a receita do município que hoje tem 52,5% sendo comprometida com folha de pagamento, colocando a cidade em situação de alerta quanto a lei de responsabilidade administrativa?

(EL) – Quando se faz a terceirização do município isso incide sobre o índice de folha, a questão da reforma que pretendemos mandar agora em julho para poder dar uma conotação do que já falamos, muda toda a estrutura da cidade e isso não é como fazer pão, não acontece da noite para o dia, todos sabem que as administrações públicas precisam sair do gesso, do Estado sabemos que não virá a solução, a união deve 20 bilhões aos municípios, se as administrações não acharem um caminho mais rápido não sabemos onde vamos parar.

(OP) – Certo prefeito, por favor suas considerações finais.

(EL) – Temos gerido a cidade em meio as dificuldades em que o Estado tem passado, não encaminhando os recursos, e do governo federal a divida é cada vez maior não só com Nova Serrana mas com todos os municípios, enfrentamos questões climáticas, financeiras e ainda assim a cidade continua avançando e nosso alvo é dar ao cidadão de Nova Serrana algo além de emprego e renda, entendemos que qualidade de vida para a população é algo crucial pra uma cidade como Nova Serrana e esse é o nosso foco para os próximos 30 meses de administração.

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