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Investigação

Casal é preso por morte brutal de bebê e sumiço da mãe dela, em Congonhas

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Um casal foi preso em Congonhas, na região Central de Minas, suspeito de uma morte brutal contra uma bebê de 1 ano e 5 meses e do desaparecimento da mãe dela, que também pode ter sido assassinada.

De acordo com as investigações, o crime foi cometido para esconder uma traição. No dia 25 de janeiro, Pietra Valentina Leite de Oliveira foi encontrada morta às margens da BR-040, no bairro Olhos D’Água, região do Barreiro.

Os suspeitos do crime, um homem de 41 anos e a mulher de 38, foram presos nesta terça-feira, dia 06 de abril. Ao apresentar o crime, na quarta-feira (7), a Polícia Civil explicou que a mãe de Pietra e o suspeito tinham um relacionamento extraconjugal e que Fernanda Caroline Leite Dias, de 28 anos, estaria grávida dele.

Para tentar esconder o resultado da traição, o amante e a mulher dele decidiram executar Fernanda e Pietra foi levada junto com ela. A mulher não foi mais encontrada e a polícia não tem notícias do paradeiro dela, mas acredita que ela também tenha sido morta, já que ela era o alvo dos suspeitos.

“Nós temos confirmação que essa potencial gravidez foi levada ao suspeito pela Fernanda e que isso foi o potencial motivador para o desaparecimento dela. E, na convicção policial, minha e da equipe, nós temos certeza de que a Fernanda está morta. Ainda não achamos o corpo, mas ela está morta”, afirma o delegado Alexandre Oliveira Fonseca.

As investigações começaram após o corpo de Pietra ser encontrado às margens da BR-040 por pessoas que passavam pelo local. No corpo dela havia a marca de um folder de um monumento da cidade de Congonhas, o que levou a polícia a investigações na cidade. O folder, segundo a polícia, deve ter ficado preso ao corpo da criança durante o trajeto para o crime e gerou a marca.

As investigações dão conta que o suspeito pegou mãe e filha na casa delas, as colocou em um carro e cometeu o crime. A menina foi dopada com um remédio antidepressivo e levou uma pancada na cabeça, além de ter tido hemorragia interna. Já Fernanda está desaparecida.

O carro da suspeita foi usado para cometer o assassinato e flagrado por imagens de câmeras de segurança. Foram encontradas também marcas de sangue no porta-malas do veículo. “Esse é um crime muito escabroso e que nos faz ver que não há limites para a maldade humana. Uma criança inocente foi assassinada para esconder uma relação extraconjugal”, considera o delegado. Pietra era filha de um outro relacionamento extraconjugal de Fernanda.

De acordo com ele, a mulher morava com a família do marido, que está nos Estados Unidos há quatro anos trabalhando.  “Era um ambiente estranho para ela, mas por condições financeiras ela morava com eles. A família sofreu com a depreciação por causa da traição, já que o marido tinha apelidos pejorativos na cidade”, complementa.

Casal tentou disfarçar crime

Junto ao corpo da criança abandonado na rodovia estava um bilhete indicando onde morava o pai de Pietra. A mensagem dava a entender que ela teria sido escrita por Fernanda. Os suspeitos fizeram isso para parecer que a mãe teria matado a filha.

O bilhete dizia: “Ela chama Pietra, nós fugimos. Eu não consigo olhar ela. Mas meu ex-marido, pai dela chama Jonathan, mora na favela Ventosa. Nós pulamos do caminhão. Leva a Pietra pai dela ao Ventosa, pulamos do caminhão, estamos machucados”.

“O bilhete indicava que a Fernanda matou a criança e que ia sumir no mundo. A pessoa queria esconder seus rastros”, disse o delegado. No entanto, a polícia desconfiou disso e, com as investigações, descobriu que a letra era do suspeito.

As investigações apontam que a menina pode ter sido abandonada ainda viva na rodovia e morreu horas depois. O laudo da necropsia indicou que havia alprazolam, remédio antidepressivo, no corpo dela. A suspeita do crime tinha uma receita do medicamento.

Os suspeitos não tinham passagens criminais

O fato dos suspeitos não terem passagens pela polícia chamou atenção durante as investigações. O homem é formado em direito e trabalhava como operador de máquinas em uma mineradora em Congonhas. Já a mulher dele trabalhava na prefeitura da cidade.

O casal foi encaminhado ao sistema prisional. Eles negaram o crime, mas podem responder por homicídio qualificado por motivo torpe e sem direito de defesa da vítima e sequestro. No entanto, no decorrer das investigações podem surgir novos crimes. “São duas mortes e potencialmente três, já que a Fernanda poderia estar grávida”, conclui o delegado.  Além de Pietra, Fernanda deixou tem mais dois filhos frutos do casamento com o marido que mora no exterior. A Polícia Civil pede para quem tiver informações sobre Fernanda entrar em contato pelo telefone 0800 2828 197.

Fonte: por Natália Oliveira –  O Tempo

Foto: Alex Jesus – O Tempo

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