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Justiça

Carrefour: PC investiga e prende funcionária suspeita de ter mentido sobre morte de Beto Freitas

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apura se uma funcionária do Carrefour mentiu no depoimento dado no mesmo dia da morte de Beto Freitas, 40, na véspera do Dia da Consciência Negra, em Porto Alegre. O depoimento foi tomado como parte do auto de prisão em flagrante dos seguranças.

A fiscal Adriana Alves Dutra, que aparece nas imagens obtidas pela reportagem vestindo uma blusa branca, disse que um cliente tentou apaziguar a agressão. O suposto cliente, porém, era o funcionário temporário Giovane Gaspar da Silva, policial temporário que estava em seu primeiro dia de “bico” no mercado.

A fiscal pode responder, entre outros crimes, por falso testemunho, se ficar comprovado ao final do inquérito que ela mentiu. A delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, já havia dito que investigava a possibilidade de falso testemunho, além de omissão de socorro e racismo.

Adriana Alves Dutra disse também que Beto teria empurrado uma cliente dentro da loja, o que não ficou comprovado até o momento com as imagens das câmeras internas do mercado. Um motoboy que filmou as agressões disse que a fiscal do Carrefour feriu a própria mão, afirmando que Beto havia cortado seu dedo. “Ela pegou a unha dela e começou a forçar no dedo. Não tinha machucado, eu olhei bem. Me chamou atenção ela tentar machucar a própria mão”, disse.

A reportagem tentou contato com a defesa da fiscal, mas não obteve resposta até a conclusão.

A reportagem obteve depoimento de outra funcionária que também apresenta indícios de contradições. No depoimento, a mulher afirma que Beto a teria “encarado”. Depois, que ele a teria intimidado com “olhar agressivo” e, por fim, que teria dito algo que ela não entendeu porque ele usava máscara no momento.

A funcionária disse que, então, se afastou e ele teria feito um sinal que ela não soube interpretar. Em imagens obtidas pela reportagem, ele parece estar sinalizando com o polegar para baixo.

Perguntada pela polícia se o gesto foi ofensivo, ela disse que não. Entretanto, quando questionada sobre por que Beto foi acompanhado pelos seguranças até a saída, diz supor que foi porque ele a teria importunado.

Os seguranças optaram por não dar depoimento à polícia após serem presos em flagrante, recorrendo ao direito constitucional de permanecerem em silêncio. A Justiça decretou a prisão preventiva de ambos.

A morte de Beto Freitas já tem sido considerada mais violenta que a de George Floyd, nos Estados Unidos. Beto Freitas foi velado e sepultado no último sábado (21) no cemitério São João, em Porto Alegre, sob pedidos de justiça e fim do racismo.

FUNCIONÁRIA É PRESA

A Polícia Civil  prendeu temporariamente na noite desta terça-feira (24) a fiscal Adriana Alves Dutra, a mulher prestou um segundo depoimento na delegacia que investiga as circunstâncias do assassinato quando recebeu a ordem de prisão.

Adriana aparece nas imagens do crime vestindo uma blusa branca. Ela disse que um cliente tentou apaziguar a agressão. O suposto cliente, porém, era o funcionário temporário Giovane Gaspar da Silva, policial temporário que estava em seu primeiro dia de “bico” no mercado. Por isso, a Polícia Civil suspeita que ela havia mentido no primeiro depoimento.

A fiscal pode responder, entre outros crimes, por falso testemunho, se ficar comprovado ao final do inquérito que ela mentiu. A delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, já havia dito que investigava a possibilidade de falso testemunho, além de omissão de socorro e racismo.

Conforme a instituição, “(Adriana) tem uma participação decisiva nas agressões, já que ela teria um poder de comando nos seguranças.” Ela pode responder por coautoria do homicídio.

Fonte: por Folhapress –  O Tempo

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