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Saúde

Ao menos 41 vacinas contra coronavírus estão sendo desenvolvidas: EUA e China já começaram testes em humanos

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Uma corrida global para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus está em curso. Instituições de pesquisa e a indústria farmacêutica de todo o mundo correm contra o tempo para encontrar uma imunização segura e eficaz contra o vírus responsável pela Covid-19. Segundo um documento da OMS, ao menos 41 vacinas estão em desenvolvimento hoje — duas já em avaliação clínica, com teste em humanos, nos Estados Unidos e na China.

Há ainda iniciativas não registradas pela organização, como de pesquisadores do Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, ainda em fase pré-clínica.

Mesmo que as pesquisas pareçam avançadas, especialistas e a própria indústria farmacêutica ressaltam que ainda será necessário de um a dois anos para que a vacina esteja disponível. Isso porque os testes seguem protocolos rígidos para garantir que ela seja não só eficaz, mas segura para humanos. Mas, em casos extremos, como ocorreu também na epidemia de ebola, algumas concessões acabam tendo de ser feitas.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, explica que as vacinas que temos hoje nas redes pública e particular levam, em média, de oito a dez anos para chegarem às pessoas.

— Há muitas vacinas candidatas contra o coronavírus, mas muitos desafios também. O primeiro deles é como lidar com os diversos degraus de um processo de desenvolvimento, da fase 1 até a fase 4. Em um momento crítico, essas fases talvez não possam ser inteiramente respeitadas — destaca Cunha.

Porém, mesmo que todos os processos científicos ocorram o mais rápido possível, resta a etapa industrial, para desenvolver e produzir em escala, o que terá alto custo.

As pesquisas que não estão ainda em fase de testes em humanos estão em fase pré-clínica, o que significa que estão sendo testadas em tubo de ensaio ou em animais. Entre iniciativas ainda não listadas pela OMS está a do Incor (Instituto do Coração), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Segundo Jorge Kalil, coordenador do projeto, a equipe construiu uma “casca” de um vírus, vazia, e usa nela pedaços de coronavírus para tentar desencadear a resposta imune do organismo. Por não conterem material genético do vírus, esses vetores, que os cientistas batizaram com a sigla VLP (de “partículas semelhantes a vírus”, no inglês), não se reproduzem e têm maior grau de segurança.

  • Fonte: Extra
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