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Saúde

Saúde Municipal também é afetada por falta de repasse estadual

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Na edição de ontem (sexta-feira, 14) do jornal O Popular, trouxe em sua capa impactos negativos que a Secretaria Municipal de Educação está vivenciando devido a falta de repasses do Governo do Estado, o que é ainda agravada devido a queda dos repasses para os cofres do município.

Situação, no entanto não é complexa apenas quanto a educação, mas também na saúde, e conforme a secretária da pasta aponta que economias e dificuldades também estão sendo vivenciadas na Saúde de Nova Serrana.

De acordo com os dados apresentados pela secretaria, no mês de julho, quando se fez um levantamento oficial a dívida de Minas para com a saúde de Nova Serrana girava em torno de R$ 8,9 milhões.

A secretaria aponta que atualmente os valores são com certeza mais altos. “Em junho o levantamento apontou a dívida de R$ 8,9 milhões, hoje com certeza esse valor é mais alto, estimamos que o déficit mensal aumenta em aproximadamente R$ 800 mil de repasses que não são feitos”, indicou Glaucia Sbampato.

 Entenda o impacto

Para que a população possa entender o impacto que isso causa, a secretaria expõe de forma exclusiva algumas finanças do setor em Nova Serrana.

Glaucia aponta que “uma unidade de Posto de Saúde da Família custa mensalmente em torno de R$ 50 mil somente com RH, e isso trabalhando com um quadro mínimo, deste valor R$ 30 mil vem do governo federal e R$ 20 mil deve ser custeado pelo estado, esse valor do Estado não é repassado o que ocasiona uma dívida que o município tem que arcar de R$400 mil por mês pois temos 20 unidades na cidade e não podemos deixar de prestar esse serviço que é básico para a população”, ponderou Glaucia.

A secretaria considerou então que o município somente com as unidades de PSF gasta cerca de R$ 800 mil por mês. “Temos como contrapartida que custear questões como os insumos para a prestação de serviço que ficam em torno de R$ 20 mil por unidade, assim temos ainda que além de pagar os insumos arcar com a despesa do Estado situação que é agravada quando olhamos para outras questões que são obrigações do governo estadual e não são cumpridas”, expôs.

Além da responsabilidade com os postos de saúde a secretária expõe que a parte de compra de medicamentos tem sido comprometida pelo governo e administração municipal também tem encarado essa responsabilidade.

 Corte na carne

Com tantas responsabilidades da saúde estadual sendo assumidas pelo município esse dinheiro tem que vir de algum lugar e no caso não é somente dos mais de 30% da receita investidos.

Em Nova Serrana os custos que são supridos são retirados do caixa único do município o que também preocupa a secretária pois historicamente todo município tem queda de arrecadação no segundo semestre. “Nós como todos os municípios estamos preocupados com o segundo semestre, a queda de arrecadação é inevitável e dificilmente a situação dos repasses do estado será resolvida, assim temos que cortar na carne para que possamos prestar os serviços básicos a população”, afirmou Glaucia.

Conforme informado por Glaucia “cortes foram feitos na folha, conseguimos economizar R$100 mil, estamos buscando parcerias, limitamos despesas enxugamos até no leite, cortamos tudo que podemos para podermos manter os serviços básicos”, afirmou.

Os cortes também estão ocasionando o adiamento da abertura e prestação de serviços do Hospital Dia. “É até importante ressaltar que houve o atraso devido a greve dos caminhoneiros, mas hoje a estrutura está montada, mas não podemos iniciar a prestação de serviço devido a um orçamento limitado, como iniciar um serviço como esse e estamos limitando, economizando, reduzindo até nos recursos que repassamos ao Hospital São José”. Justificou Sbampato.

Outras parcerias e medidas tem sido buscadas para que o município preste os serviços com custo reduzido. “Estamos tomando ainda medidas como as parcerias Público Privadas com instituições como Organização Social (OS) que agora administra junto conosco a UPA, e promove a economia de mais de RS300 mil mensais, buscamos convênios como a carreta do Sesc que realizou os procedimentos de mamografia”. Explica.

 Dividas com credores e serviços básicos

Finalizando a secretaria aponta que o município também tem preocupações quanto aos fornecedores do município quanto ao pagamento dos serviços e produtos fornecidos a cidade.

A secretária afirmou que pagamentos já vem sendo renegociados. “Já estamos renegociando com nossos fornecedores no que diz respeito aos pagamentos. Sempre pagamos dentro do previsto e isso tem feito com que eles tenham paciência e compreensão, mas isso pode acabar mais cedo ou mais tarde por necessidade, afinal outros municípios também devem, mas temos buscado formas de solucionar essas questões”, Disse.

Por fim, a secretária finaliza afirmando que todos as medidas possível estão sendo tomadas,  e a preocupação é que os serviços sejam mantidos. “A situação é delicada para todos os municípios, nossa preocupação principal é com os serviços básicos prestados a população e estamos movendo todos os esforços para que nenhum serviço seja interrompido e população continue sendo atendida dentro da normalidade”. Finalizou Sbampato.

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