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Pela ressurreição dos velhos heróis

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Passamos um longo período procurando heróis. Airton Senna, nosso herói das manhãs de domingo não existe mais e nem temos mais certeza se encontraremos alguém, que vamos tirar das competições para torna-lo “Herói da Pátria Tão Gentil”.

Fico pensando se poderei usar minha camiseta vermelha, tão desejada e cara, para me exibir num simples encontro com amigos. Também não sei se poderei usar alguma roupa de predominância verde/amarela e voltarei ileso pra casa.

Sinto apenas, que muita coisa mudou à minha volta por motivos mais que idiotas. Brasileiros de outras histórias de união, agora se confrontam com palavras e agressões pelas redes sociais na busca de inimigos comuns.

É verdade, na falta de heróis, encontramos inimigos antes tidos como amigos, pelo simples motivo de não concordarmos com suas opiniões. Será que a estupides do brasileiro chegou a tal nível? Será, que desta vez teremos que mostrar que “um filho teu não foge à luta” para enfrentar um vizinho?

É claro que meus argumentos se referem a Haddads e Bolsonaros transvestidos em cada um de nós. Então, se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação vou registrar minha opinião, depois de longo tempo afastado desta coluna.

O país vem sofrendo muito com a corrupção revelada todos os dias nos noticiários. A justiça é cega, surda, muda e paraplégica… Está vegetando nas leis retrogradas do país. Acordo todos os dias pensando numa forma de me mudar deste país, porque não consigo viver num lugar, onde o criminoso tem regalias e a vítima obrigações para com a justiça.

Desta forma procurei meus heróis que foram desmascarados numa sugestiva Lava Jato. Preferia mil vezes que eles continuassem a morrer de over doses. Acompanho os grupos de whatsapp, Facebook entre outros, recrutando a adesão de internautas contra inimigos comuns.

Pessoas da esquerda elegeram pessoas de pensamentos direitistas como inimigos comuns e vice-versa. Minha gente! Não temos mais intermediadores, entenderam? Não temos mais grupos moderados entre empresários, funcionários, aposentados, leigos, gente à toa ou amigos de bairro.

Na ausência desse elemento democraticamente fundamental, entramos em rota de colisão e vamos perder muito com isso. A mensagem mais sensata que li nos últimos dias diz o seguinte: “perder uma eleição é normal numa democracia. O problema é perder a democracia numa eleição.” O sangue está nos olhos das discussões em bares e locais públicos. O sangue escorre nas agressões pelas redes sociais e ninguém faz nada a não ser longos “kkkkkk” que parecem insultos disfarçados.

Pensar não é pecado e não é ruim, nesse momento. Apenas uma verdade precisa ser dita: infelizmente, os meus heróis, verdadeiros ou imaginários, já morreram de over dose… Ou de tristeza!

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