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O que é isso? É de comer ou de passar no cabelo?

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Ouvi tantas vezes esta pergunta na minha vida, que hoje resolvi falar de amor.

Amor não é shampoo para passar no cabelo e nem uma refeição que se come. Amor é uma forma de se ver Deus. Pode parecer estranha essa definição, mas nada está tão próximo disso como o amor.

Na verdade existem várias formas de amor e creio que vivi várias delas. O amor fraterno, por exemplo, é tão suave quanto o ruído do rio que corre preguiçosamente. Mas ele é linear em sua existência e será duradouro somente enquanto o rio correr sereno.

O amor bandido é aquele que provoca picos de euforia, quando sentimos que alguém nos joga pra cima, e prazer da leveza nos deixa cair sem dó nem piedade. O amor intenso vale a pena vive-lo, porque como disse o poeta ele é eterno enquanto dura e quem ama não marca o tempo de vida, mas marca a hora que acaba.

Temos o amor à primeira vista, que apresenta todos os riscos para a sua existência. À primeira vista tudo bem, mas na segunda visão (ou segundo momento) pode frustrar quem ama e quem foi amado (e nem sabia).

Um amor casual é aquele que acontece, despretensiosamente por vários encantos. Pode ser pelas palavras, pelo gosto do mesmo estilo de roupa, de música ou afinidades diversas. Porém ele é apenas casual.

O amor de mentira é danado, porque ele agrada sem entusiasmo e apenas aquelas criancinhas mimadas e sem graça, cachorros engraçadinhos e pessoas despreparadas recebem. O amor de Cristo, também aparece como um grande amor até que a fraqueza humana se mostra mais forte e o coloca na prateleira. Lá ele fica, até que um novo aperto financeiro apareça repentinamente.

Com estes poucos exemplos posso dizer que o amor tem formas e tamanhos variados, mas não se passa em cabelo e nem se come para saciar um desejo. Amor carnal, filial, paterno e materno, amor sincero, amor sem fim ou eterno, amor perfeito, amor passageiro ou amor que fica… Amor que vai!

Seja qual for o seu tipo de amor ele só será real, quando estiver bem ou mal acompanhado de ingredientes fundamentais. A compreensão é um deles, o respeito é outro e a ternura completa o tempero.

O amor suporta tudo, mentira e verdades, promessas não cumpridas menos a indiferença. Quando este sentimento aparece o amor suplica por mais uma chance, implora por mais um tempo e padece em sofrimento.

Por isso o amor é a única forma de se ver Deus, de conversar com Ele e senti-lo como a vida. Amor está em tudo, quando se ama… Está nas mãos que pega um simples copo, nos pés que pisam firme, no corpo, no olhar, nas distâncias superadas, nas palavras soltas, no canto desafinado, na preferência musical que pede apenas um cantinho no seu coração ou quando se chora a tristeza pela descoberta de segredos.

Quando você quiser ver o Deus verdadeiro ame tudo sobre todas as coisas, confie no inconfiável ou apenas peça perdão por não entender qual é o seu tipo de amor. Afinal, nem tudo é o que parece ser. Isso pode acontecer com quem ama, mas nunca com quem é amado, porque amor é individual para que cada um possa tê-lo como único.

A grande mentira nisso tudo é que jamais existirá o amor perfeito para dois, porque amor não respeita a balança e seu peso sempre penderá para um lado. Assim, meus amigos, nuca busque esta palavrinha tão simples e tão banalizada nos nossos dias, como quem procura o ninho da felicidade, nem em casas de passarinhos ou cafés na cama. O amor ele só existe num lugar: dentro de você!

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Vânia De Marco

    5 de fevereiro de 2018 em 11:52

    Perfeito!!!Ele definiu lindamente o que é o amor.Amor é algo individual,sublime ,abstrato e só vc sente.Realmente ele está ďentro de nós.As vzs o amor dói,maltrata,Mas qdo existe reciprocidade é muito bom!!!Simples assim!!!Parabéns, Léo!

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