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Economia

Nova Serrana finaliza Caged no mês de março com queda brusca do número de contratações na indústria de transformação

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Após perder a primeira posição no Ranking dos municípios mineiros com maior índice de geração de empregos no primeiro bimestre de 2018, Nova Serrana também perdeu a primeira posição na região centro-oeste.

Conforme aponta o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) referente ao mês de março de 2018, a capital do calçado não foi no terceiro mês do ano a cidade com maior número de novos postos de emprego na região, ficando atrás de Divinópolis.

Segundo os dados do Caged no mês de março Nova Serrana contabilizou apenas 349 novos postos de emprego, ou seja, uma queda de aproximadamente 80% quando comparado o mês de fevereiro, período em que o município gerou 1.310 novos postos de emprego.

A cidade de Divinópolis contabilizou o saldo positivo de 455 novos postos de emprego. Os resultados da cidade vizinha vieram através dos setores de serviços com 166 novos postos, comercio 144 e na indústria de transformação 153 novos postos.

Força da indústria de Nova Serrana

A indústria de Nova Serrana em um período de baixa puxa a queda de empregos quanto às contratações no mês de março. Dos 349 postos de empregos gerados no ultimo mês apenas 77 foram do setor, número muito abaixo dos 1.205 gerados pela indústria de transformação no mês de fevereiro.

Esses resultados ainda apontam que no mês de março a indústria de Divinópolis sinalizou um maior crescimento do que a novaserranense, uma vez que os 153 empregos do setor gerados em Divinópolis representam quase que duas vezes o total gerado pelo segmento em Nova Serrana no mesmo período.

O que está acontecendo

Após a seguida queda de desempenho a Secretaria de Indústria e Comércio pontuou que o quadro era esperado e isso devido a uma análise de mercado que vem sendo feita quanto ao desenvolvimento econômico da população brasileira.

Segundo o secretário da pasta, Marcelo Caires, a intenção de compra do brasileiro aliada à condição financeira direciona essa queda. “Realizamos de forma bem incisiva pesquisas sobre o consumo do mercado interno, nosso maior comprador, e temos observado que o setor de vestuário e calçados tem vivido um momento difícil de queda no consumo, aliado ainda a uma terceira queda consecutiva na intenção de consumo da família brasileira, isso leva o setor do varejo calçadista a recuar nas compras”. Diz o secretário.

O secretário também atribui a queda pela redução de compras de mercadorias pela época do ano, uma vez que em 2017 esse período não foi lucrativo para os lojistas. “Os varejistas fizeram boas reposições para alto verão, precisam terminar essas vendas para renovar o estoque com produtos de inverno e em pesquisa realizada, percebemos que muitos lojistas não tiveram um bom período de vendas no inverno de 2017 e gera o receio em fazer novas compras mais audaciosas”. Pontua Marcelo Caires.

Hora de acender o sinal de alerta

Apesar dos resultados aquém do que era esperado para 2018, o secretário lembra da perspectiva de crescimento e reforça que em 2017 também houve uma queda, porém após o primeiro trimestre.

Justamente pelas perspectivas do mercado o secretário afirma que ainda não é a hora de se acender o sinal de alerta e justifica esse posicionamento com a visão no mercado externo. “Ainda não é momento de acendermos um sinal de alerta, visto que praticamos a monitoração e trabalhamos incansavelmente para que nossos índices não entrem no negativo. Não paramos de trabalhar, continuamos buscando a criação de um ambiente favorável à economia local, dentro das possibilidades, inclusive com ações de explorar a exportação de calçados e planejamentos de metas para mensuração de até 20 anos para Nova Serrana”. Afirmou Marcelo Caires.

Para finalizar o secretário pontuou que a administração e os empresários da cidade estão trabalhando para que as vendas tenham continuidade. “Estamos trabalhando com os pés no chão, em reuniões constantes, buscando o mercado externo para consumir os nossos produtos, buscando a continuidade do aumento nas vendas, mas ainda assim, enxergamos com bons olhos o cenário, visto que ainda tivemos números de crescimento, um pouco mais tímidos, porém ainda continuamos crescendo”. Finalizou o secretário.

 Ainda somos a maior da região

Apesar do saldo abaixo do esperado no mês de março a capital nacional do calçado conclui o primeiro trimestre do ano com um salto positivo de 2.668 novos postos de emprego.

No somatório do trimestre a cidade continua figurando como segunda maior geradora de empregos do estado e segue como a maior geradora de empregos da região no saldo anual.

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