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Economia

Islândia impõe multas às empresas que não comprovarem salários iguais para homens e mulheres

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Mais de 1.190 empresas e 147 mil trabalhadores são afetados pelas novas regras, em vigor desde 1º de janeiro

Fazendo jus à sua tradição igualitária, a Islândia decidiu radicalizar a luta contra a diferença salarial entre homens e mulheres. Desde 1º de janeiro, empresas com mais de 25 funcionários devem provar, com documentos, que um homem e uma mulher no mesmo cargo e com competências iguais recebem o mesmo salário. A nova lei estabelece multas elevadas – até 400 euros por dia – às empresas que não comprovarem a igualdade de salários.
O novo texto da lei inverte o ônus da prova: não são mais os funcionários que precisam provar a discriminação por gênero, mas as empresas devem demonstrar que eventuais discrepâncias salariais não são motivadas por isso.
A comprovação da isonomia salarial deve ser transparente e documentada conforme critérios objetivos, como tempo de trabalho, formação, experiência, o valor agregado e o estresse da tarefa.
Mais de 1.190 empresas islandesas e 147 mil trabalhadores serão afetados por esta reforma.
Há nove anos a Islândia é considerada “a nação mais paritária do mundo” pelo Fórum Econômico Mundial, à frente de países como Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia. As diferenças entre os salários de homens e mulheres no pais, porém, persistem dentro da média europeia, de 16,1%.
Desde novembro de 2017 a Islândia tem um governo progressista, liderado pela jovem deputada Katrín Jakobsdóttir, do partido Esquerda Verde.

 

* Com Cidade Biz | Foto: ilustração-divulgaão

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