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Editorial - Opinião sem medo!

Cara crachá na Câmara Municipal

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É normal que todo profissional que inicie em uma empresa leve certo tempo para se adaptar as rotinas. O processo de adaptação de um profissional caminha lado a lado com o fato de que se nos primeiros 90 dias o resultado do trabalho não for mensurado de forma positiva a dispensa da função é uma realidade nada distante.

Durante esse período em que se faz a transição, conhecer os colegas de trabalho, setores e função são coisas que fazem parte da primícia da adaptação para que assim o mais rápido possível se possa produzir pelos meios adequados com apoio das pessoas dos setores adequados.

Nova Serrana, cidade que vive um momento econômico complicado como é ponderado pelo executivo e tem “desinchado” sua folha também vive com uma realidade estranha que foi exposta por um vereador na última reunião.

Sendo o único vereador que trabalha com apenas dois assessores em seu gabinete, Jadir Chanel protocolou no gabinete da presidência uma solicitação que nos faz pensar e muito se algo também não está errado quando ao funcionalismo da casa do legislativo e sobre isso convidamos você caro leitor, para uma reflexão.

De acordo com as palavras ditas pelo vereador Jadir Chanel, foi enviado ao gabinete da presidência um requerimento de que seja repassado a ele nomes e fotos de todos os assessores contratados na casa.

Essa solicitação não é somente a funcionários da presidência e sim sobre todos os gabinetes, e sinceramente estranhamos o fato ainda que pela justificativa. Jadir afirmou que não tem interesse de ir ao Ministério Público (MP) realizar denúncia contra quaisquer vereadores, mas sim quer apenas conhecer os servidores que o mesmo afirmou ainda não saber quem são.

Bom caro leitor, tirando a presidência são 12 gabinetes, destes um é do próprio vereador, ou seja, 11 gabinetes com três assessores, são apenas 33 servidores que em 21 meses ainda não foram conhecidos pelo nobre edil.

Poderíamos dizer que seria mais fácil o vereador tirar uma hora de seu dia e passar de porta em porta para conhecer os mesmos, mas será que eles estão realmente trabalhando na Câmara durante as seis horas obrigatórias?

De fato muitos dos assessores prestam serviços fora da casa, contudo vários fatores tornam o sistema ao menos duvidoso, como por exemplo, o fato de que os comissionados não tem um registro de pontos a não ser a listagem das horas feitas pelo próprio vereador.

O precedente aberto por Jadir também gera na Câmara certa apreensão afinal, um passarinho nos contou que a Promotoria andou intimando assessores de alguns gabinetes, e pelo visto alguns desses não sabem nem por onde se entra e sai da casa.

Quanto aos assessores, nos corredores se ouve falar coisas como, nepotismo por ter assessor casado com filha de consideração de vereadora, assessor que nunca foi na Câmara e que tem trabalho em outra cidade e está lotado por ter relacionamento com filho de vereador.

O presidente ao final da última reunião convocou os vereadores para participarem de uma reunião para tratar de assuntos referentes a assessores.

Alguns acreditam que a reunião é referente a vontade da casa de vir a adotar uma política mais econômica como vem sendo feito na prefeitura. Outros entendem que na verdade o que se quer é fechar as arestas para que transtornos maiores sejam evitados.

De forma geral, entendemos que se após 21 meses, um vereador não consegue saber quem são os 33 assessores dos seus colegas vereadores é porque alguma ponta nesse nó está solto.

Quando falamos em conhecer, não estamos supondo que seja uma relação ou se chame pelo nome, mas que pelo menos por rosto se saibam de quem é o filho, ou senão que seja iniciado um registro mais efetivo dos servidores, para que pelo menos o cara crachá seja praticado na casa que tem a função de fiscalizar e ser tão transparente quanto qualquer outro órgão público de nossa cidade.

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